A adesão dos trabalhadores do Metropolitano de Lisboa à greve de 24 horas, desta terça-feira, levou ao encerramento das portas das estações e à paragem da circulação, disse à Lusa fonte da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações.

“Nesta altura [07h45] estamos no início da greve dos principais turnos da manhã e os trabalhadores estão a aderir com índices de adesão semelhantes a outras greves, o que significa que temos as estações fechadas e a circulação parada”, disse à agência Lusa Anabela Carvalheira, da Fectrans.

Segundo a sindicalista da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans), os trabalhadores prosseguem a sua luta contra a privatização da empresa, em defesa dos postos de trabalho e de um serviço público de qualidade.

Outro dirigente do mesmo sindicato, José Manuel Oliveira, disse esta manhã à TSF que a decisão sobre a próxima greve – seria a sétima deste ano – será tomada nos próximos dias.

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O Metropolitano de Lisboa adiantou segunda-feira, numa nota enviada à comunicação social, que a circulação estaria suspensa entre as 23h20 de segunda-feira e as 06h30 de quarta-feira “por motivo de greve de 24 horas convocada por várias organizações sindicais representativas dos trabalhadores”.

De acordo com Anabela Carvalheira, os trabalhadores lutam igualmente contra a reestruturação da empresa, que consideram “que está a ser feita completamente à margem de toda a legalidade”.

A transportadora acrescenta que a Carris reforçará algumas das carreiras de autocarros que coincidem com os eixos servidos pelo Metro, entre as 06h30 e as 21h00 de terça-feira.

As linhas com reforço do número de autocarros em circulação são a 726 (Sapadores – Pontinha Centro), a 736 (Cais do Sodré – Odivelas – Bairro Dr. Lima Pimentel), a 744 (Marquês de Pombal – Moscavide – Quinta das Laranjeiras) e a 746 (Marquês de Pombal – Estação Damaia).

A greve desta terça-feira é a sexta greve realizada pelos trabalhadores este ano. Além da greve de 24 horas da passada terça-feira, os trabalhadores da empresa também realizaram greves parciais a 24 de fevereiro, 16 e 18 de março e a 28 de abril, entre as 06h30 e as 09h30, levando a que a circulação de composições se realizasse nesses dias apenas a partir das 10h00.

Anabela Carvalheira adiantou à Lusa que, no final desta semana, princípio da próxima, as centrais sindicais vão reunir e agendar novas datas para continuar a luta.