Indecente, provocador e vergonhoso. Foi assim que o primeiro-ministro marroquino, Abdelilah Benkirane, descreveu o último concerto de Jennifer Lopez naquele país, a 29 de maio, e posteriormente emitido na televisão pública. A performance considerada sexualmente sugestiva vai ser investigada por poder violar a lei audiovisual do país.

O primeiro-ministro de Marrocos pediu à Alta Autoridade da Comunicação Audiovisual para tomar medidas legais contra os responsáveis pela “grave delinquência”, conta o britânico Independent. O canal televisivo em questão, 2M, foi acusado de emitir cenas com “conotação sexual” que vão contra “os valores religiosos e morais da sociedade”. A BBC acrescenta que o ministro da comunicação marroquino, Mustapha Khalfi, está a ser duramente criticado por ter permitido que o espetáculo chegasse à televisão.

Mas o caso pode ainda ganhar contornos mais graves: a cantora foi criticada por uma organização marroquina ligada à educação, a qual interpôs uma ação judicial contra a artista de 45 anos. O mesmo grupo alegou que a atuação de J-Lo em palco, perante 160 mil pessoas, “perturbou a ordem pública e manchou a honra e o respeito das mulheres”.

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Jennifer Lopez atuou na capital de Marrocos, em Rabat, no Festival Internacional de Música Mawazine. O espetáculo, à semelhança do habitual registo da cantora, contou com vários looks reveladores e danças sensuais. J-Lo já tinha atuado naquele país, mas o show nunca havia chegado ao pequeno ecrã.

Caso Lopez seja considerada culpada, poderá enfrentar uma pena que pode ir até aos dois anos de prisão. Marrocos, acrescenta ainda o Independent, é conhecido por ser um país muito conservador.