Aquele que era considerado o divórcio mais caro de sempre deixou de merecer esse título. Em maio de 2014, o russo Dmitry Rybolovlev, dono do clube de futebol francês AS Mónaco e um dos homens mais ricos do mundo, ficou perto de ver a sua conta bancária ficar ligeiramente mais curta depois de um tribunal suíço o ter obrigado a pagar à ex-mulher, Elena Rybolovleva, qualquer coisa como 3,6 mil milhões de euros. Dmitry recorreu da decisão e vê, agora, o tribunal dar-lhe (alguma) razão: o russo “só” vai ter de pagar 536 milhões de euros e é obrigado a entregar mais duas propriedades em Genebra, Suíça.

O tribunal decidiu, assim, deixar de fora do acordo de divórcio as largas quantias de dinheiro que Dmitry Rybolovlev transferiu para fundos fiduciários com sede em Chipre, como conta o Telegraph. Em 2005, e talvez antecipando o que lhe esperava, o russo fez transferências para contas bancárias em seu nome e no nome das suas duas filhas. Os advogados do russo garantem que o fez para “assegurar a transmissão de propriedades para a geração futura”.

Mas este argumento parece não convencer a defesa da ex-mulher de Dmitry. Marc Bonnant, advogado de Elena, já prometeu que vai recorrer da decisão para o Tribunal Federal suíço, a mais alta instância do país. “A senhora Rybolovlev venceu a primeira ronda e perdeu parcialmente a segunda. Haverá uma terceira ronda”, garantiu Bonnant em declarações ao Le Figaro, citado pelo jornal britânico.

As boas notícias para Dmitry, porém, não se ficam por aqui: o tribunal suíço anulou ainda a decisão da instância anterior de proibir o russo de contactar a filha do casal de 14 anos.

Elena Rybolovleva apresentou o pedido de divórcio em 2009, dizendo que não aguentava mais as infidelidades de Dmitry. De acordo com a ex-mulher do dono do AS Mónaco, Rybolovlev partilhava, inclusive, as suas “jovens conquistas com os amigos e com outros oligarcas” em festas em iates.

Em 2012, o porta-voz do russo admitiu que Dmitry “não era um marido exemplar”, mas lembrou que o milionário nunca escondeu ou negou os casos de infidelidades. No entanto, segundo a versão de Rybolovlev, a ex-mulher sempre soube das traições e aceitava-as passivamente, lembra o jornal britânico.

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