Rapidamente e em força. O Governo marcou para o dia 24 de junho, quarta-feira da próxima semana (dia de São João) a assinatura do contrato de venda de 61% da TAP, acelerando ao máximo os procedimentos necessários para fechar o negócio.

Com o PS a ameaçar parar a privatização caso seja eleito para liderar o Governo, o Executivo de Passos Coelho coloca assim as assinaturas no papel. Depois, serão ainda necessários alguns passos para que os novos donos tomem as rédeas da companhia aérea: no contrato ficará explícito que é precisa luz verde de todos reguladores; Bruxelas terá também de validar a partilha de poder que dá maioria a Humberto Pedrosa (com o PS a levantar dúvidas sobre se não é David Neeleman quem vai liderar a empresa); e será necessário ainda que os bancos deem a bênção à operação – e à reestruturação financeira da TAP, como explicámos neste Explicador.

Na semana passada, quando foi decidida a venda à Gateway, admitia-se que a assinatura demorasse mais tempo: o processo burocrático implica validar e autenticar um conjunto vasto de documentos e elementos, designadamente de natureza financeira, jurídica e regulatória, pelo que a data prevista podia atirar para o início de julho a cerimónia formal.

A acompanhar a visita do Presidente da República à Bulgária e à Roménia, o ministro da Economia confirmou a data da assinatura, fazendo votos para que isso permita terminar o “clima de insinuações”.

“O contrato entre o Estado português e o consórcio, agrupamento vencedor da TAP vai ser já assinado na próxima semana, no dia 24, quarta-feira, às 15h00, e isto vem confirmar não só a celeridade deste processo, como espero permita terminar com este clima de insinuações muito desagradável por parte de alguns partidos da oposição”, afirmou Pires de Lima, em declarações aos jornalistas em Sófia, na Bulgária.

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