Guo Guangchang, fundador da Fosun, afirmou que o grupo chinês está “atento a todas as oportunidades” no país e que “Portugal é o melhor país da Europa para investir, conta o Dinheiro Vivo. O líder do grupo chinês que está na corrida pela aquisição do Novo Banco acrescentou que “Portugal se tornou numa porta de entrada para a Europa”.

Na mira de futuros investimentos podem estar empresas na área do turismo, moda, lazer ou entretenimento. Objetivo: investir em áreas que podem proporcionar um novo estilo de vida aos chineses e aproveitar o crescimento da classe média.

“O povo chinês trabalha muito, mas também tem de aprender a aproveitar melhor a vida”, disse aos jornalistas à margem da apresentação do Cirque du Soleil na China, onde o grupo detém uma participação de 25%.

Em Portugal, a Fosun detém 85% da seguradora Fidelidade, 100% da Luz Saúde e é um dos cinco candidatos à compra do Novo Banco. Aos jornalistas, explicou que Portugal “acolhe bem o investimento chinês” e que, em Lisboa, o custo de vida não é tão elevado como noutras cidades europeias.

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Outra das áreas que pode estar na mira dos chineses é a comunicação social e a produção audiovisual, avança o Diário Económico. Em 2014, a Fosun comprou a produtora Studio 8.

Fonte oficial do grupo, citada pelo Dinheiro Vivo, avançou que a Fosun está empenhada em “construir uma capacidade financeira global orientada para seguros, gestão de ativos e banca”. E para breve, pode estar um novo negócio. De acordo com o Expresso, o grupo está à procura de um local para abrir um segundo resort do Club Med.

O presidente do grupo, Liang Xinjun, explicou que uma das formas de concretizar este negócio é através da Fidelidade – a seguradora compra um resort e aluga o ativo ao Club Med. A rede de resorts para férias de luxo Club Med é propriedade da Fosun, que detém cerca de 80 estabelecimentos pelo mundo.

“Queremos que a classe média chinesa passe as férias nos nossos ‘resorts’, veja os nossos espetáculos e use os nossos seguros e hospitais”, afirmou o presidente do grupo, Liang Xinjun.

No setor da saúde, um dos objetivos do grupo passa por expandir a oferta ao nível dos cuidados, urgências e camas, e alargar o Hospital da Luz (como já estava previsto), segundo o Expresso. Raymond Hu, diretor executivo da Fosun para a área dos seguros, disse que, em breve, a Fidelidade vai abrir duas sucursais em Moçambique e que está a estudar fazer o mesmo em Cabo Verde.

“A Fidelidade vai ser uma das maiores companhias de seguros da Europa entre dois a três anos”, afirmou Liang Xinjun, acrescentando que a estratégia passa por investir em Portugal, consolidar as operações e depois investir na Europa.

O presidente do grupo chinês explicou que o investimento de mil milhões de euros em obrigações de uma das sociedade do grupo não comporta riscos e que é uma operação que está sob supervisão das autoridades europeias.

Sobre a dívida que o grupo detinha no final do ano, na ordem dos 13,6 mil milhões, Liang Xinjun disse que a intenção era reduzi-la, aproveitando o aumento de capital de 1,2 mil milhões que vão fazer. O presidente acrescentou que “mais de metade da dívida do grupo – no total cerca de 16 mil milhões de dólares – é de longo prazo e desta 9,3 mil milhões são de liquidez quase imediata”, escreve o Expresso.