A concessão do Oceanário de Lisboa vai permitir que o Estado encaixe, à partida, 34 milhões de euros em 2015 com a proposta da Sociedade Francisco Manuel dos Santos (SFMS), revelam o Jornal de Negócios e o Diário Económico. Mas no Orçamento do Estado para 2015, as contas eram outras – o Governo estimou que nos cofres do Estado entrassem cerca de 40 milhões de euros, mais seis milhões do que a proposta que acabou por vencer.
“Para o acréscimo das “Outras receitas de capital” concorre a previsão de cobrança em 2015 de algumas concessões: 70 milhões de euros de concessões portuárias das Docas de Pedrouços e do Bom Sucesso em Lisboa, de 40 milhões de euros à SILOPOR e de 40 milhões de euros do Oceanário de Lisboa”, lê-se no Orçamento do Estado para 2015.
Destes 34 milhões, apenas 10 se referem, efetivamente, à concessão – os outros 24 milhões dizem respeito à alienação das ações, conta a publicação. Além do valor inicial, a SFMS vai pagar cerca de três milhões de euros de rendas anuais nos próximos 30 anos, o que perfaz um total de cerca de 90 milhões de euros. Segundo o Expresso, este valor diz respeito a uma renda fixa no valor de um milhão de euros e de uma renda anual variável que equivale a 5% das receitas geradas pelo Oceanário.
De acordo com o Ministério do Ambiente, o processo de alienação do capital do Oceanário ainda não está fechado, nem vai ficar esta semana, cita o Expresso. Já o Diário Económico explica que, de acordo com os dados divulgados pela Parque Expo, anterior proprietária do imóvel, o Oceanário de Lisboa estava avaliado em 38 milhões de euros.
À concessão do Oceanário, concorreram também os espanhóis da Aspro Parks, donos do parque aquático Aqualand, no Algarve, a também espanhola Parques Reunidos, a francesa Compagnie des Alpes e a portuguesa Mundo Aquático, que detém o Zoomarine. Mas quem acabou por vencer foi a família que é dona da cadeia de supermercados Pingo Doce.