As ações da Apple deslizaram quase 7% no chamado pós-mercado em Wall Street apesar de a gigante tecnológica ter apresentado um aumento de 38% dos lucros trimestrais e uma duplicação das vendas no mercado chinês. As vendas do dispositivo mais importante para a Apple – o iPhone – aumentaram 35% face ao mesmo período do ano passado, para 47,5 milhões de unidades vendidas.
Os analistas que seguem a Apple – a empresa cotada mais valiosa do mundo – previam, em média, mais iPhones vendidos: 49 milhões. Essas expectativas elevadas, a par de uma mensagem pouco animadora da Apple para os próximos trimestres, justificam a descida da ação que poderá estender-se até à abertura do mercado, às 14h30 (hora de Lisboa) desta quarta-feira.
Os investidores terão ficado agradados com a subida dos lucros na China, um mercado cada vez mais importante, mas as vendas totais do iPhone acabaram por dececionar os analistas e deram o mote para que a ação desse sinais de corrigir um pouco depois de ter subido 39% ao longo dos últimos 12 meses.
Apple Watch está “acima das nossas expectativas”
A Apple não divulgou, como se previa, números concretos para as vendas do novo dispositivo – o Apple Watch. Disse, apenas, que o desempenho desta nova aposta da Apple está a “ficar acima das expectativas” da própria empresa.
A relevância para os lucros totais da Apple seria, sempre, pouco importante nesta fase. Mas a evolução das vendas do Apple Watch está a ser seguida de perto porque se trata do primeiro grande produto introduzido na era pós-Steve Jobs.
Até ao momento, sob a liderança de Tim Cook, a Apple tem lançado alguns produtos e serviços, mas no que diz respeito ao hardware, esta é a primeira grande aposta da empresa da maçã. Como analisámos neste trabalho no Observador, o Apple Watch está a ser visto como a prova dos nove sobre a capacidade de inovação da empresa.