O grupo suíço Axpo vai adquirir 25% da Goldenergy, empresa que comercializa eletricidade e gás natural e que pertence ao Grupo Dourogás. Para Nuno Afonso Moreira, presidente da empresa, esta operação vai permitir que a Goldenergy fique “dotada dos meios necessários para suportar” os planos de crescimento que detém.

“Juntos conseguiremos melhorar a posição de ambas as companhias no mercado ibérico”, afirmou, no comunicado enviado às redações.

Ignacio Moreira, líder da Axpo Iberia referiu que até à data, a presença do grupo suíço em Portugal estava limitada ao segmento dos grandes e médios clientes, mas que esta operação dava “um grande passo” para a exploração de um novo segmento de negócio, como os clientes residenciais dos serviços de gás e eletricidade.

“Um desafio muito atrativo e uma oportunidade única para aprendermos e para continuarmos a crescer em outros mercados e outros setores”, afirmou Ignacio Moreira, no mesmo comunicado.

A Goldenergy tem atualmente uma carteira de 250 mil clientes de serviços de eletricidade e gás natural. A operar no mercado português desde maio de 2008, é o segundo maior operador do mercado de consumo residencial de gás (mercado liberalizado), com uma quota de mercado de 23%.

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“A Axpo dará à Goldenergy a o conhecimento e os recursos necessários para os seus planos de crescimento, e toda a sua experiência internacional em mercados grossistas de energia e na gestão de riscos”, lê-se no comunicado. Até à data, a Axpo tinha uma quota de 1,3% no mercado português e estava muito centrada no mercado energético de clientes empresariais.

O acordo ainda está dependente da aprovação das entidades reguladoras do mercado, ou seja, é expectável que se torne efetivo em outubro. Esta aquisição não vai provocar alterações na equipa de gestão ou nos postos de trabalho da empresa portuguesa.

A Axpo Iberia foi criada em 2002 e tem vindo a expandir as suas linhas de negócio gradualente em Espanha e Portugal. Entre o mercado suíço e outros 20 países europeus, conta com mais de três milhões de clientes. As conversas entre os dois grupos duram já há dois anos