O presidente do Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol, Vítor Pereira, veio esta terça-feira manifestar-se pela primeira vez sobre as prendas oferecidas pelo Benfica aos árbitros portugueses, denunciadas pelo presidente do Sporting, Bruno de Carvalho.

Em comunicado, Vítor Pereira afirma que “não tinha conhecimento das ofertas feitas pelo Sport Lisboa e Benfica aos árbitros”, e que ficou a saber das mesmas devido à revelação de Bruno de Carvalho no programa Prolongamento da TVI, a 5 de outubro.

Vítor Pereira acrescenta ainda que enviou “a denúncia para os órgãos competentes da justiça desportiva assim que dela tomou conhecimento”, e que não lhe compete a si “fazer juízos de valor sobre o teor das revelações”.

Por último, o presidente do Conselho de Arbitragem manifestou ainda a sua confiança nos árbitros portugueses – mostrando-se convicto que a investigação “provará a seriedade dos árbitros” -, e apelou ainda a todos os intervenientes do futebol [português] para que “defendam a imagem da modalidade, o desportivismo e o faie-play“.

A denúncia de Bruno de Carvalho deu a conhecer que o Benfica oferecia a todos os elementos da equipa de arbitragem dos jogos na Luz e no Seixal (primeira e segunda equipas do clube), uma caixa de prenda, que incluía um almoço e uma camisola, num valor alegadamente superior a 200 euros. O código de ética da UEFA indica que os árbitros não podem “aceitar ofertas de valor superior a 200 francos suiços”, isto é, superiores a cerca de 180 euros.

As prendas eram entregues, segundo afirmou Bruno de Carvalho, aos quatro árbitros do jogo, a dois delegados e ao observador responsável pela avaliação dos árbitros.

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