A mais recente aposta da Samsung no segmento dos tablets chama-se Galaxy Tab S2. Se para o descrever tivéssemos de usar uma só palavra, seria “leve”. Porque a versão de 9.7 polegadas do novo tablet da marca sul-coreana, lançado em setembro, pesa apenas 380 gramas. É ligeiramente mais leve (menos 57 gramas) do que o iPad Air 2 — seu concorrente direto –, e foi quando o agarrámos pela primeira vez que demos conta das semelhanças entre ambos. À parte dos materiais, são parecidos no formato e, num olhar de relance, só as formas dos botões físicos centrais os distingue.
Este equipamento está disponível em dois tamanhos: um de 8 e outro de 9.7 polegadas. Para teste, cederam-nos a maior. O ecrã Super AMOLED, com 16 milhões de cores, transmite uma imagem brilhante, clara e muito nítida, sendo um dos pontos fortes deste aparelho. A resolução de 1.536 por 2.048 píxeis, a ranhura nano-SIM e o sistema operativo Android 5.0.2 Lollipop estão também entre as novidades.
Contudo, esperavam-se mais novidades da parte da Samsung. Em comparação com o modelo anterior — o Galaxy Tab S de 10.5 polegadas –, este novo tablet tem a mesma quantidade de memória RAM (3 GB), praticamente as mesmas funcionalidades e, muito importante, uma bateria pior: o novo Tab S2 tem uma Li-Ion (iões de lítio) de 5.870 miliampere-hora, contra a de 7.900 miliampere-hora incluída no Tab S. Embora a autonomia dependa muito do uso que se dá ao equipamento — por exemplo a frequência de utilização ou o acesso à rede móvel ou Wi-Fi –, a diferença pode chegar às dez horas.
Além do giroscópio, acelerómetro e bússola eletrónica, o Galaxy Tab S2 volta a integrar um sensor biométrico no botão físico, permitindo que o utilizador o desbloqueie através da impressão digital. Quanto ao armazenamento interno, há também uma diferença: pode adquirir um Tab S2 com 32 ou com 64 GB de espaço (no modelo anterior, as alternativas desdobravam-se em 16 ou 32 GB). Se não chegar, há a possibilidade de aumentar o espaço disponível até 128 GB com um cartão micro-SD.
Também não há grandes mudanças a registar nas câmaras deste novo modelo. A principal (traseira), posicionada ao topo e ao centro, tem um sensor de oito megapíxeis, com foco automático, que filma em 1440p a 30 frames por segundo. Tira fotografias numa resolução até 3.264 por 2448 píxeis com qualidade razoável. Porém, a qualidade da câmara frontal (a das selfies) deixa a desejar: o sensor só tem 2.1 megapíxeis.
Inclui na parte inferior duas colunas (estéreo) e uma entrada jack de 3.5 milímetros para ligar auscultadores. Pode emitir alertas vibratórios e suporta Wi-Fi, GPS, Bluetooth e 4G. Na parte de trás existem dois conectores para ligar uma capa-teclado (keyboard cover), vendida em separado por 149.99 dólares (cerca de 136 euros).
Há muito que a Samsung nos habituou à grande quantidade de aplicações instaladas de fábrica — um problema que se estende também a outras marcas. Este tablet não é exceção, embora a quantidade de software pré-instalado seja agora menor do que em outros modelos da marca. Em relação ao desempenho, o Galaxy Tab S2 é versátil e cumpre o que promete. Com um processador quad-core de 1.9 GHz (há uma versão de 1.3 GHz), gere as principais aplicações sem grandes problemas.
No panorama das cores disponíveis, a Samsung seguiu uma via mais minimalista. Ao invés dos dazzling white e titanium bronze do modelo antecedente, o Galaxy Tab S2 existe em white, black e gold. Ou seja, como os nomes indicam, branco, preto e dourado. Quanto ao preço, pode ser adquirido a partir de 410 euros (oito polegadas) e 600 euros (9.7 polegadas), variando no tipo de conetividade (WiFi ou 4G), capacidade do processador (1.3 ou 1.9 GHz) e do espaço de armazenamento interno (32 ou 64 GB).
Editado por Pedro Esteves.