O presidente executivo da TAP considera que a base aérea do Montijo é a “única solução possível” para fazer face ao estrangulamento do aeroporto de Lisboa dentro de dois a três anos.

“Não posso dizer que isso não é uma preocupação”, afirma Fernando Pinto quando confrontado com a possibilidade de o aeroporto da Portela poder estar a chegar ao limite de capacidade de passageiros e condicionar os planos de expansão da TAP.

O presidente executivo da TAP diz que “não há dúvida que o aeroporto vai ficar estrangulado”, mas também acredita que “ainda se vive uns dois anos, três, bem na Portela”. Não mais do que isso.

“Mas é muito importante saber que os novos acionistas da ANA [Vinci] têm saídas. Têm formas de tentar ultrapassar o problema e uma delas é usar a base aérea do Montijo, passar parte das operações para lá”, afirmou no 41.º Congresso da Associação Portuguesa das agências de Viagens e Turismo (APAVT).

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O responsável lembrou que a base aérea do Montijo “é um aeroporto pronto” e que, por isso, é a que vê como “única solução possível”.

Olhando ainda para as possibilidades dentro da Portela, e não querendo falar pela ANA, Fernando Pinto diz que, em último caso, “em Lisboa há a hipótese de usar a área da segunda pista (…) que é usada em menos de 1% das operações anuais da TAP”.

Questionado no início de novembro sobre o projeto do aeroporto do Montijo, a criar na Base Aérea n.º6 e complementar ao da Portela (Lisboa), o presidente da ANA, Ponce de Leão, disse que “está a trabalhar” neste dossier.

“Vamos fazer as coisas certas, mas, para isso, precisamos de perceber exatamente o que a Força Aérea nos pode disponibilizar, como utilizar esses recursos da forma mais eficaz”, disse.

A partir daí, acrescentou, pode-se “construir as melhores soluções com a informação que, entretanto”, for recolhida “junto das companhias áreas sobre quem é que quer utilizar” o novo aeroporto e “quais as necessidades” dessas companhias e, por outro lado, “dimensionar as próprias taxas em função do investimento efetuado e do tipo de custos” que existirem no Montijo.

“Tudo isso é um trabalho que tem de ser feito a seu tempo e estará pronto quando puder estar”, frisou o presidente da ANA.

O 41.º Congresso da APAVT vai decorrer até domingo em Albufeira, onde estão cerca de 500 agentes do setor do turismo, sob o tema ‘Partilhar o Futuro’.