Os cinco melhores

Eu confesso, de Jaume Cabré (Tinta-da-China)
Uma pungente melodia para violino é o fio condutor que une este vasto e fragmentado romance polifónico que atravessa mais de três séculos e onde a voz dos inquisidores se confunde com a dos carrascos dos campos de extermínio nazis.

Aquele Verão: América, 1927, de Bill Bryson (Bertrand)
Um colorido, bizarro e buliçoso fresco dos EUA no ano em que Lindbergh atravessou o Atlântico. Inclui presidentes incompetentes, aventureiros inconscientes, assassinos trapalhões e empresários visionários e instila-nos nostalgia por um tempo que não vivemos.

KL: A história dos campos de concentração nazis, de Nikolaus Wachsmann (D. Quixote)
Um exaustivo trabalho de pesquisa, um notável poder de síntese, a invulgar capacidade para combinar a frieza dos grandes números e o sofrimento individual. Irá permanecer durante muitos anos como a obra de referência sobre um dos momentos mais negros da Humanidade.

The Golden Age: Masterworks from the Golden Age of Illustration (The Illustrated Press)
Panorâmica breve, em excelentes reproduções de página inteira, de 150 mestres da ilustração, activos entre o final do século XIX e meados do século XX.

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A história do corpo humano: Evolução, saúde e doença, de Daniel E. Lieberman (Temas & Debates)
As “doenças de abundância, novidade e desuso” que afligem o homem na sociedade moderna têm explicação na história evolutiva do Homo sapiens e no desajustamento crescente entre as condições que moldaram o nosso corpo e aquelas em que vivemos.

O pior

A noite sonhada, de Màxim Huerta (Clube do Autor)
O romance vem cumulado de prémios e críticas favoráveis da imprensa cultural espanhola, mas não passa de uma enjoativa mistura de pieguice desbragada, metáforas culinárias e filosofia para costureirinhas, com cobertura de glacé.

[Veja nesta fotogaleria as capas dos livros escolhidos por José Carlos Fernandes]

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