Por umas primárias à esquerda”. É assim que um conjunto de intelectuais, como o economista Thomas Piketty, o deputado europeu Daniel Cohn-Bendit ou o sociólogo Michel Wieviorka, dão o mote para um apelo relativo às eleições presidenciais em França em 2017.

Publicado no jornal Libération, juntamente com alguns líderes ambientais, os signatários do documento dizem que as eleições “contribuem verdadeiramente para a saída da crise política e abre finalmente novas perspetivas económicas, sociais, escolhas ambientais e democráticas”.

Segundo os mesmos “é sobre esta base política e esta legitimidade baseada numa mobilização mais ampla que fará a campanha do candidato ou da candidata vencedor e que, potencialmente, poderá construir uma maioria parlamentar”. E, por isso, deixam o aviso de que “em 2016 não podemos dar este dom à direita de conduzir sozinha um debate perante todos os franceses e francesas sobre o nosso país”.

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O resultado da Frente Nacional nas eleições regionais de dezembro – e o mau resultado dos socialistas de François Hollande, deixou a esquerda alarmada com a possibilidade de a Marine Le Pen e Nicolas Sarkozy aparecerem como favoritos a uma segunda volta decisiva nas presidenciais do próximo ano. Nas regionais, nem a popularidade crescente do Presidente Hollande evitou um mau resultado para o PS francês.

De entre os restantes signatários do documento, contam-se também ecologistas e artistas como a escritora Marie Despeschin ou o cineasta Romain Goupil.

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