A União Africana (UA) condenou hoje o “cobarde” ataque perpetrado por um comando da Al Qaeda ao hotel Splendid em Ugadugu, a capital do Burkina Faso, que causou a morte a pelo menos 26 pessoas e causou 56 feridos. Num comunicado, o presidente da Comissão da União Africana (UA), Nkosazana Dlamini Zuma, classificou este ato de “desprezível” e destacou a necessidade de fortalecer e melhorar os esforços africanos e internacionais para fazer frente “à crescente ameaça do terrorismo e extremismo em África”.

Além disso, lamentou o facto de este ataque ocorrer quando o Burkina Faso começa “uma nova era de democracia, justiça, reconciliação e desenvolvimento sustentado, com o apoio dos países da região e [também] da comunidade internacional”. Daí que Zuma tenha reiterado a necessidade de destacar uma força de intervenção no norte do Mali para lutar contra os grupos criminosos e terroristas que operam a partir dessa região para outros países do Sahel.

O presidente o Senegal, Macky Sall, também condenou o atentado e assegurou que estando na presidência rotativa da Comunidade Económica dos Estados da áfrica Ocidental (CEDEAO) proporá “uma ação regional e internacional firme contra o terrorismo e o extremismo violento”.

Vários países da CEDEAO têm sofrido ataques terroristas efetuados por grupo ligados à Al Qaeda no Magrebe Islâmico (AQMI) e ao grupo Estado Islâmico. Uma fonte das forças de segurança do Burkina Faso confirmou hoje à agência de notícias francesa AFP que as operações das forças de segurança no hotel foram encerradas esta manhã, mas que as buscas continuavam ao redor do hotel Splendid e do café-restaurante Cappuccino.

Cento e vinte e seis pessoas, entre as quais pelo menos 33 com ferimentos foram resgatadas no hotel pelas forças de segurança do Burkina Faso, que tiveram a ajuda de forças internacionais na operação, nomeadamente francesas. Quatro ‘jihadistas’, incluindo duas mulheres, foram mortos na operação das forças de segurança e, alegadamente, um quinto terrorista teria fugido do local, segundo algumas testemunhas.

O hotel Splendid é geralmente utilizado por funcionários da ONU e por cidadãos ocidentais, sensivelmente os mesmos frequentadores do café-restaurante Cappuccino, localizado em frente ao hotel e também atingido no ataque

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