Uma grande manifestação em Atenas deu corpo à greve geral que paralisou durante toda esta quinta-feira a Grécia. Escolas, ministérios, farmácias, aeroportos e serviços portuários pararam em protesto contra os cortes nas pensões, cortes nos salários e aumentos nos impostos. Estas medidas visam acomodar as exigências dos credores e fazem parte do terceiro resgate financeiro ao país.

A troika está em Atenas e esta foi a forma dos gregos acolherem as missões da Comissão Europeia e do FMI que foram avaliar os progressos do Governo do Syriza para responder ao terceiro resgate. Atenas terá de cortar pela 11ª vez desde 2010 as pensões e prepara o aumento das contribuições da segurança social para assegurar as pensões mais baixas. No entanto, com 25% da população desempregada, os patrões consideram que esta medida não vai ajudar a economia do país.

Uma grande manifestação durante manhã terminou na praça Sintagma, em frente ao Parlamento, motivando alguns conflitos entre manifestantes e polícias. Para além da grande manifestação que reuniu cerca de 20 mil pessoas e foi impulsionada pelo partido comunista, outras manifestações aconteceram por toda a cidade, como por exemplo uma manifestação que reuniu cerca de mil advogados.

Esta é a maior greve que Alexis Tsipras, primeiro-ministro, já enfrentou e é uma das maiores dos últimos anos. A greve também afetou a ajuda aos migrantes e o transporte de refugiados que estão a sair da Grécia. As equipas da Comissão Europeia, do Banco Central Europeu e do FMI tiveram a sua segurança reforçada, com acompanhamento permanente de uma equipa de seguranças.

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