A apresentação da carta de princípios de orientação para a Fundação para a Ciência e Tecnologia será feita, em Lisboa, durante a tomada de posse da nova direção da principal entidade financiadora da investigação em Portugal.
A carta, assinada pelo ministro da Ciência, Tecnologia e do Ensino Superior, Manuel Heitor, e pela secretária de Estado da Ciência, Tecnologia e do Ensino Superior, Maria Fernanda Rollo, recupera, no essencial, as recomendações do grupo de reflexão sobre o futuro da FCT.
O grupo de trabalho foi criado em dezembro, sob iniciativa do ministro, e era formado por 38 investigadores, incluindo Paulo Ferrão e Miguel Castanho, que hoje tomam posse como presidente e vice-presidente da FCT, respetivamente.
Entre as recomendações prioritárias constam o apoio ao aumento do financiamento para o setor, o reforço das bolsas de doutoramento, o rejuvenescimento do corpo de investigadores, a revisão da avaliação que é feita aos laboratórios, e da qual depende o financiamento público da atividade que desenvolvem, a desburocratização e envolvimento da comunidade científica nas atividades e na preparação de estratégias e programas.
Na carta, Manuel Heitor e Maria Fernanda Rollo sustentam que “importa promover mais cultura científica”, assim como “democratizar o acesso à ciência e ao conhecimento” e “persistir num esforço contínuo de apoio à atividade científica, às suas instituições”.
O ministro e a secretária de Estado defendem que é necessário “apostar na formação avançada e no emprego científico, assim como aproximar os cientistas da população em geral, em especial dos seus jovens”, através de “processos de participação pública” de “definição de agendas de desenvolvimento científico e cultural”.
A nova direção da FCT, presidida por Paulo Ferrão, professor universitário e até agora diretor do programa MIT – Portugal, toma posse hoje de manhã, numa cerimónia a realizar no Teatro Thalia, em Lisboa.