Um bom exercício criativo é tentar encarar qualquer objeto, espaço, gesto ou expressão como se fosse a primeira vez que o víssemos, sentíssemos ou ouvíssemos, esquecendo, por momentos, a sua aparente banalidade. Isto faz-se vestindo a pele da criança que questiona tudo, do formato das caixas ao nome das ruas, ou do extraterrestre que acabou de chegar à Terra e não percebe, por isso, nada do que por aqui se vai passando.

É desse exercício que resultam, por exemplo, as famosas perguntas sem resposta aparente que a internet gosta de compilar e as redes sociais de partilhar: “porque têm fechaduras as lojas abertas 24h?”, “porque usavam capacete os pilotos kamikaze?” ou “para que servem os bolsos dos pijamas?”, só para dar dois exemplos.

Se se olhar para a ementa de um restaurante sob a mesma perspetiva, é possível que surjam outras questões. Especialmente no que respeita a pratos com nomes de pessoa. Quantas dos que dizem que o bacalhau à Brás é o seu prato favorito sabem, efetivamente, quem foi o Brás que o batizou? E os outros homens do bacalhau, como o Conde da Guarda, o Zé do Pipo ou o Gomes de Sá? Da mesma forma, saberão os adeptos da pizza Margherita, do bife Wellington ou até os viciados em bolachas Maria porque é que os alvos da sua gula se chamam assim? Se não sabem, têm bom remédio: descobrir as respostas na fotogaleria, em cima.

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