O líder da JSD, Simão Ribeiro, apresentou uma moção temática em que defende a introdução de eleições primárias no partido, à semelhança do que acontece no PS ou no Livre. E acredita que este novo modelo pode ajudar a acabar com outro tipo de “motivações não tão claras ou genuínas”.

“Espero que venha a ser [uma maneira de acabar com a cacicagem] e mais do que é uma forma de dizer à sociedade civil: a vossa opinião conta e não temos medo da vossa opinião”, disse em conversa com o Observador durante o congresso do PSD em Espinho.

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Miguel Poiares Maduro defende um modelo mais alargado, perguntando a toda a sociedade civil. Simão Ribeiro até diz que esse seria o modelo de eleição, mas que é um modelo que pode “vir a ser contaminado por múltiplos fatores que de local a local, de região a região, possam acontecer de movimento massivo de pessoas que resultam não de vontade de possa resultar de outro tipo de motivações não tão claras ou tão genuínas”, disse.

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Os jovens do PSD querem acabar com as quotas partidárias. Questionado sobre o facto de nos partidos nem serem sempre os militantes a pagar as quotas, mas quem tem interesse em mexer nas peças, Simão Ribeiro admite que “esses fenómenos que nada são desejáveis acontecem”. “Se queremos uma democracia saudável, uma democracia devidamente sustentável, o Estado desse assumir isso. E deve reforçar o financiamento a partidos políticos”, defendem.

Além do fim das quotas, a JSD admite donativos, desde que eles sejam publicitados.

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A defesa das primárias cruza-se assim com a necessidade de mudar a forma como os partidos são financiados, outra das propostas da moção da JSD: “Se queremos manter a democracia com o grau de participação temos que dar passo para efetuar reformas no financiamento e na dinâmica interna. Isso tem um custo. É obrigação da sociedade e do Estado de reduzir esses custos”.