O condutor e o dono da carrinha do acidente que vitimou 12 portugueses em França vão ter de aguardar julgamento em prisão preventiva. Os dois portugueses são acusados de 12 homicídios involuntários e danos corporais involuntários agravados. As investigações do acidente vão estender-se à Suíça e Portugal.

O acidente ocorreu ao final da tarde do dia 25 de março na zona de Allier, quando a carrinha embateu contra um veículo pesado. As vítimas do acidente eram imigrantes na Suíça e vinham passar a Páscoa a Portugal. O condutor foi o único sobrevivente. A carrinha onde faziam a viagem teria capacidade para seis pessoas e transportava 13, sendo a sobrelotação um dos pontos fundamentais da investigação, já que o proprietário ter alegado que o veículo foi transformado para poder transportar mais pessoas.

As autoridades francesas investigam ainda as condições em que foi feito e o transporte e as habilitações do condutor, que tem apenas 19 anos. O jovem é sobrinho do dono da carrinha e não deverá ter o curso de aptidão para motorista, uma vez que este só se tira a partir dos 21 anos. Além disso, viajaria sem ter quem o substituísse, algo obrigatório nas viagens de longo curso. As investigações estendem-se a Suíça e Portugal, por serem os países de origem e destino da carrinha.

Tanto o condutor como o dono da carrinha estão indiciados por crimes de homicídio involuntário agravado e ofensas corporais graves. O advogado português que os representa tentou que evitassem a prisão preventiva através de pagamento de caução ou pela garantia de que os arguidos iriam ter um contrato de trabalho no país. O juiz de Instrução não aceitou as garantias e decretou que aguardassem julgamento em prisão preventiva.

Os homens deverão ficar em prisão preventiva durante quatro meses, no entanto, caso celebrem de facto um contrato de trabalho, a medida de coação pode ser reavaliada, conta a TVI 24.

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