O Aeroporto de Bruxelas, onde ocorreram os dois atentados suicidas que provocaram 16 mortos e grandes danos materiais em março, vai estar 100% operacional a partir de junho, revelou este sábado a imprensa belga. “Estaremos de novo 100% operacionais em junho”, afirmou o diretor da Arnaud Feist, gestora do aeroporto, ao jornal Le Soir, explicando que “as instalações não serão totalmente renovadas”.

“Vamos começar depois a refletir sobre o terminal do futuro e, portanto, sem dúvida nenhuma que não vamos restaurar tudo”, disse.

O hall das partidas ficou praticamente destruído depois da dupla explosão de 22 de março. O aeroporto foi fechado a passageiros durante 12 dias e só reabriu a 3 de abril com instalações temporárias que permitiram assegurar 20% do tráfego normal, capacidade que foi depois aumentada progressivamente. “Estamos com cerca de 20 mil passageiros nas partidas diariamente, em vez dos 40 mil em ritmo normal”, adianta o dirigente da sociedade gestora do aeroporto.

Os atentados de 22 de março no aeroporto e no metro de Bruxelas, reivindicados pelo Estado Islâmico, provocaram um total de 32 mortos. Feist não especificou as perdas económicas resultantes dos ataques, mas afirma que devem ser superiores a “várias centenas de milhões de euros”, segundo o jornal La Libre Belgique. “Consideramos que o aeroporto é um pulmão económico que gera diariamente cerca de 19 milhões de euros para o país”, sublinhou.

Na Bélgica, o transporte aéreo e as atividades aeroportuárias geraram em 2012 “cerca de 2,9 mil milhões de euros de valor acrescentado”, ou seja, cerca de 1% do Produto Interno Bruto (PIB).

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