Diz-se que os cabelos brancos são sinal de sabedoria, mas a verdade é quase ninguém os quer ter e acaba por pintar os fios grisalhos. Sendo um facto que é inevitável que os cabelos brancos, mais cedo ou mais tarde, comecem a aparecer, pode o stress contribuir para o agravamento do envelhecimento capilar?
Para responder é preciso explicar algumas coisas primeiro. Segundo Tyler Cymet, da American Association of Colleges of Osteopathic Medicine, o cabelo humano está feito para ter cor durante 45 ou 50 anos. Embora a razão pela qual o cabelo começa a perder pigmentação não seja unânime, a maioria dos investigadores acredita que se deve a um desligar das células produtoras de melanina, chamadas melanócitos.
Para um caucasiano, esse desligar das células começa por volta dos 35 anos – dependendo dos genes pode começar até dez anos mais tarde. Já os negros levam mais tempo até passarem por esse processo.
O cabelo nasce, cresce e eventualmente cai, e faz tudo isto por ciclos, sendo que cada um desses ciclos dura entre alguns anos a décadas. Assim que as cãs começam a aparecer é inevitável que apareçam cada vez mais a cada novo ciclo (mesmo se não as arrancar). Em declarações à Time, Tyler Cymet diz que “se tiver 50 por cento do cabelo branco num ciclo, terá praticamente o cabelo todo branco no final do ciclo seguinte”.
E onde entra o stress? Existem provas de que o stress pode encurtar a duração dos ciclos capilares e, consequentemente, acelerar a propagação do branco, ou seja, o stress não causa cabelos brancos por si, mas torna o processo mais rápido. Além disso, também causa uma inflamação sistémica, a qual tem a capacidade de desligar as células de pigmentação.
Resumindo, o cabelo vai começar a clarear, digamos assim, por volta dos 30 ou 40 anos, dependendo do ADN de cada pessoa, mas se vive sob constante stress e a inflamação tomar conta das suas células, aí não vai haver tinta que lhe valha.