Kohinoor é a joia da coroa mais famosa de todos os tempos. O nome dado ao diamante que adorna a coroa da Rainha-mãe Isabel de Inglaterra significa “montanha de luz” e faz jus à pedra com 105 quilates (o tamanho de um ovo de galinha).

Embora seja unânime que esta joia é impressionante, quem tem direito à sua posse não parece reunir consenso. A Kohinoor foi oferecida pela Índia à casa real britânica em 1849 na sequência de um acordo da guerra anglo-Sikh. Na altura, o acordo foi celebrado por um príncipe indiano de 10 anos depois da sua mãe ter sido feita prisioneira.

Agora a Índia exige que a Grã-Bretanha lhes devolva a pedra que foi encontrada na Índia e, originalmente, tinha 186 quilates.A pedra que integra atualmente a exposição de Joias da Coroa na Torre de Londres está longe de ser a original, já que os britânicos esculpiram-na até perder 40% do seu peso, para que ganhasse mais brilho. É por isso que atualmente o diamante tem apenas 105 quilates e uma forma oval.

Ainda assim, para os indianos a Kohinoor tem um valor imensurável – o valor emocional.

A administração da Índia não parece estar em concordância sobre este assunto, já que o procurador-geral disse que a joia foi um presente, enquanto o governo defende que foi roubada e deve ser devolvida. Por enquanto, ainda não foi apresentada nenhuma proposta oficial.

Este assunto não é novo. Já em 2009 Tushar Gandhi, bisneto de Mahatma Gandhi, disse que a pedra devia ser devolvida como forma de “expiação pelo passado colonial”.

Os britânicos recusam-se a devolver o diamante. O primeiro-ministro britânico diz que aceder ao pedido estabeleceria um “precedente inviável”.

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