Quem nunca sentiu embaraço por chegar a um local e encontrar outra pessoa com um peça de roupa igual à que tem vestida? Se há clientes habituais das cadeias de moda mais populares que nem querem pensar nisso, há outros que reagem com humor e tornam o embaraço num fenómeno viral.
Foi o que aconteceu às muitas clientes da Zara, do grupo espanhol Inditex, que resolveram tornar a sua preferência por um blusão amarelo (que custa 39,95 euros) num movimento humorístico de apoio às vítimas da peça de roupa, com direito a clube de fãs com honras de página de Facebook — Victimas De La Chaqueta Amarilla de Zara — e conta no Instagram.
https://www.instagram.com/p/BFFYqZWKH-l/
Nas duas redes sociais “as vítimas” do casaco amarelo partilham fotografias de pessoas com quem se cruzam e que têm em comum o facto de vestirem a mesma peça de roupa. O registo humorístico mostra uma das consequências da chamada fast fashion: a produção em larga escala e o sucesso de determinada peça faz com que mais pessoas se vistam de igual, ou pelo menos, de forma muito parecida.
A página de Facebook tem já mais de 6 mil seguidores e descreve-se como um “grupo de apoio e compreensão a todas as vítimas da praga da jaqueta que invade as ruas de amarelo e que todas nós pensávamos que ninguém a ia comprar”. A criadora da página foi a autora do blogue “rijuanarules” onde conta porque o fez. Numa das publicações explica que comprou o casaco amarelo porque é a sua cor preferida. Quando o começou a ver um pouco por todo o lado percebeu não foi a única que gostou da peça e considera-se “uma vítima da jaqueta amarela”.
https://t.co/d9XazzJrn6 #zara @yellowjacketofficial @chaquetaamarillazara pic.twitter.com/eoFLddKzEd
— Beytex (@acabadosbeytex) May 10, 2016
Esta não é a primeira vez (e tudo leva a crer que não será a última) que um artigo da Zara faz furor nas redes sociais. No entanto, o sucesso de determinada peça não faz com que a mesma seja vendida por tempo indeterminado. A empresa desconhece a razão pela qual o casaco teve tanto sucesso, mas isso não significa que permaneça mais tempo no mercado, refere o jornal ABC.
O modelo de negócio do grupo Inditex é baseado em coleções curtas e por mais bem-sucedida que seja um dos artigos de determinada coleção, o modelo exato do mesmo artigo não voltará a ser repetido, salientou a empresa. O sucesso pode dar origem a uma peça parecida, mas não será igual à original.