O ex-ministro Miguel Poiares Maduro foi eleito esta sexta-feira presidente do Comité de Governação da FIFA e o ex-jogador Luís Figo vice-presidente do Comité de Desenvolvimento. O 66.º congresso da FIFA realizou-se esta sexta-feira na Cidade do México.

Segundo se lê no site da Federação Portuguesa de Futebol, o presidente Fernando Gomes felicita os dois portugueses eleitos para os cargos. “Acreditamos que tanto Miguel Poiares Maduro como Luís Figo estarão à altura deste desafio, que será muito exigente”, diz, acrescentando ainda que o órgão máximo do futebol mundial “entrou num novo tempo”.

Miguel Poiares Maduro, antigo ministro Adjunto e do Desenvolvimento Regional do Governo de Passos Coelho, vai ocupar o lugar de presidente do Comité de Governação, um departamento sem relação direta com futebol, enquanto o ex-internacional português, que chegou a ser candidato à presidência da FIFA, vai assumir a vice-presidência do Comité de Desenvolvimento.

Do congresso que decorreu na Cidade do México saiu também a primeira mulher eleita secretária-geral do organismo, a senegalesa Fatma Samoura, diplomata que esteve na ONU durante 21 anos. A Federação Internacional de Futebol admitiu também pela primeira vez o Kosovo e Gibraltar como membros de pleno direito do organismo que supervisiona o futebol mundial.

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Há um ano a FIFA esteve envolvida num escândalo de corrupção de larga escala que levou à demissão de Joseph Blatter, então presidente do organismo. No seguimento das detenções foram convocadas eleições antecipadas, que culminaram com a eleição de Gianni Infantino, antigo secretário-geral da UEFA, para o cargo de topo do futebol mundial.

Blatter, juntamente com Michel Platini (presidente da UEFA), foi suspenso por seis anos, após recurso, devido a um pagamento ilegal de 1,8 milhões de euros em 2011 por alegado trabalho de consultadoria realizado pelo francês nove anos antes. O vice-presidente da FIFA, Chung Mong-joon, também foi banido por seis anos.

Infantino foi eleito no dia 26 de fevereiro com o apoio formal da Federação Portuguesa de Futebol, que subscreveu a candidatura do ítalo-suíço depois da desistência de Figo, e já declarou “tolerância zero” no que toca à corrupção. “Temos um princípio de absoluta tolerância zero e se alguém acredita que pode fazer ‘trapaças’, que saia do futebol e o faça noutros sítios; os que cometeram atos criminosos e ganharam dinheiro ilegal com o futebol devem ser julgados criminalmente, e também pela FIFA, e devem, além disso, devolver o dinheiro”, disse o ítalo-suíço há poucos dias.