Dez canções de amor. São patetas como as de Paul McCartney?

“You’d think that people would have had enough of silly love songs
I look around me and I see it isn’t so
Some people want to fill the world with silly love songs
And what’s wrong with that?
I’d like to know
‘Cause here I go again
I love you, I love you
I love you, I love you”

As zangas mais feias são aquelas que acontecem entre velhas amizades. John Lennon e Paul McCartney, fundadores dos Beatles, conheceram-se em 1957. Tornaram-se amigos inseparáveis e formaram uma dupla de autores e compositores que é celebrada como uma das mais importantes e de maior sucesso do século XX. Pelo início dos anos 1970, quando a banda de Liverpool decidiu colocar um ponto final na carreira, a relação entre os dois músicos azedou. E muito.

Lennon, dotado de um sentido de humor cáustico, passou a ser o crítico mais agressivo do trabalho de McCartney. Chegou a afirmar que o antigo companheiro dos Beatles não fazia muito mais do que compor “canções de amor patetas” (“silly love songs”). Os remoques doeram, mas McCartney não se deixou ficar. Em 1976, com os Wings, lançou um single. No lado A, lá estava a resposta, através de uma canção intitulada “Silly Love Songs”, que integra o disco Wings at the Speed of Sound.

Uma melodia atraente, ligeira, fácil de ficar no ouvido, e um ritmo que permitia dançar foram a receita para transformar o tema em mais um êxito na carreira de Paul McCartney. Há 40 anos, o tema instalou-se no topo das listas de vendas nos Estados Unidos para só ser de lá arrancado cinco semanas depois.

A propósito da efeméride, o Observador recupera o tema e escolhe mais nove canções de amor. São “patetas” ou gostos não se discutem?

“Silly Love Songs”, Wings

https://www.youtube.com/watch?v=2_9QooYDYtU

“Have I Told You Lately”, Van Morrison