O partido comunista chinês baniu todo o reportório de Lady Gaga do território da China, após a cantora se ter encontrado com o Dalai Lama. O líder espiritual dos budistas tibetanos, exilado na Índia desde 1959, é considerado hostil pela China, e o encontro, uma conversa sobretudo acerca de yoga, meditação e saúde mental.

O encontro, realizado no domingo em Indianápolis, nos Estados Unidos, foi encarado pelo governo chinês como uma manifestação de defesa da independência do Tibete. Lady Gaga e o Dalai Lama encontraram-se à margem da conferência anual dos Mayors dos Estados Unidos, onde ambos participaram como conferencistas num painel sobre a paz nas cidades mundiais.

De acordo com o jornal britânico The Guardian, o partido chinês, que governa a China desde a primeira metade do século passado, deu ordens para banir todo o reportório da artista. Páginas de internet e órgãos de comunicação social também foram proibidos de transmitir a música da cantora. Além disso, os meios de comunicação oficiais do regime, como a CCTV, e os jornais People’s Daily e Global Times, receberam ordens para condenar publicamente o encontro.

Não é a primeira vez que a China impede artistas de entrar no território. Em 2010, Bob Dylan foi impedido de tocar no país, mas pôde regressar em 2011, com o alinhamento do concerto a ter de ser pré-aprovado pelas autoridades. Os Oasis também foram banidos em 2009, por apoiarem o movimento pela libertação do Tibete. Outros artistas, como Miley Cyrus, Jay-Z ou Björk, também já foram banidos da China.

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