“Casos de Direito Galáctico e outros textos esquecidos”
Mário-Henrique Leiria
(E-Primatur)

Mário-Henrique não é feito apenas de Gin Tonic. Este animal imaginário da nossa literatura pode ser degustado em outros pratos: poesia concretista, contos galácticos, uma vida conjugal com uma inquietante mulher chamada Josela, ou um passeio tragicómico por uma Lisboa que é também Portugal. Um conjunto heteróclito de textos dispersos reunidos pela primeira vez num só volume, que são um hino à inteligência e ao riso.

“Da Leveza: para uma civilização do ligeiro”
Gilles Lopovetsky
(Edições 70)

Está de férias, esticado na praia? Num país estrangeiro? Agarrado ao telemóvel, ao smartphone, ao iPad? Apetece-lhe pensar que tempo é este em que tudo se quer leve, ligeiro, magro, suave, divertido, feliz? Neste ensaio, o filósofo e sociólogo francês analisa criticamente as utopias-ligth que traçam o espírito do tempo da nossa hipermodernidade. Um livro hipercalórico e fundamental.

“Ensaios”
Montaigne
(Relógio D’Água)

Contrariando o espírito de leveza associado às férias, os Ensaios de Michel de Montaigne, escritos no século XVI, são pesados e bons para quem quer fazer do verão um tempo de recolhimento e sabedoria. Textos densos, fundadores do Humanismo, versam sobre ética, moral e a condição humana, que são o lugar onde verdadeiramente se aprende a viver e não nos livros de auto-ajuda que nos querem impingir. Infelizmente, este volume tem apenas uma seleção dos Ensaios do filósofo francês mas é uma boa maneira de entrar no seu universo e na sua linguagem

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“Apologia Do Ócio”
Robert Louis Stevenson
(Antígona)

O que há de melhor nesta vista do que os prazeres de uma boa conversa. Uma conversa que apague a passagem do tempo, que nos faça esquecer o mundo em redor? Por favor desligue esse telemóvel e recorde os prazeres da vida em carne e osso. Dois ensaios de Stevenson, Apologia do Ócio, 1877, e A Conversa e os Conversadores, 1882, traduzidos por Rogério Casanova para a Antígona ajudam-nos a lembrar de quando o ócio era um trabalho do espírito isento de culpa.

“A Arte e a Morte”
Antonin Artaud
(Sr.Teste/Ignota)

Conjunto de textos inclassificáveis de Artaud, escritos em 1929, entre a sua expulsão do grupo surrealista e os vários anos de internamentos psiquiátricos. Ao não deixar silenciar a voz da sua loucura, Artaud responde à tentativa de Comunistas, Surrealistas, psiquiatras e editoras de definir quais as fronteiras da racionalidade, poesia e da linguagem, do corpo e da carne. O livro, que tinha tradução de Aníbal Fernandes (Hiena, 1985), foi agora revisto e editado pela Sr.Teste/Ignota.

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