Fernando Santos, o primeiro homem da fé, o homem do leme, o treinador, falou depois do jogo com a serenidade habitual, mas com um peso especial. Estava orgulhoso, estava satisfeito como um português como tantos outros.

“Dou graças a Deus por me ter conduzido sempre. Quero dar um beijo muito grande à minha mulher, à minha mãe, ao meu neto, aos meus filhos, que já dei aqui. E ao meu pai, que, onde está, está a beber umas cervejas de certeza absoluta”, começou por dizer o treinador, aos microfones da RTP. “Queria dar uma palavra ao presidente. Num momento muito difícil, ele acreditou, confiou em mim, não era fácil. Ele mereceu tudo o que aconteceu, reparto com ele, os jogadores. Pelo apoio que nos deram, [dedico] aos portugueses. Tenho de dar uma palavra final, eles têm sido incansáveis, ainda hoje aqui no estádio… [Fernando Santos falou grego e traduziu…]… quer dizer a todos os gregos ‘muito obrigado, estão todos no meu coração’”

Questionado sobre a lesão de Cristiano Ronaldo, que foi substituído à meia hora de jogo, Fernando Santos elogiou muito o capitão da seleção: “Quando perdes o Ronaldo, é um momento que não esperas. É um jogador que a qualquer momento pode resolver o jogo. Ele tentou duas vezes, foi fantástico, foi fantástica a vontade. Tentou duas vezes, foram duas vezes que não conseguiu. Depois foi tremendo aqui na cabine, ali no banco. Foi um verdadeiro capitão. Está de parabéns também, ele e a equipa, que representam bem este grupo.”

A seguir, o tema foi Eder, o “patinho feio” que Fernando Santos não deixou cair e lançou no momento mais complicado do torneio: “Eu tinha pensado que este jogo podia ser um jogo importante para o Eder. Pelas suas capacidades, podia ser um jogo importante. Não esperava que Cristiano estivesse fora, isso mudou um bocadinho. O Eder era o jogador que tinha de entrar, para segurar bola na frente, tinha poder de choque. Eu acreditava que ele podia fazer golo, mas, quando o meti, ele disse que ia fazer golo… E fez mesmo. Está de parabéns”

Fernando Santos é o primeiro treinador português a conquistar o Campeonato da Europa.

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