Propomos-lhe um exercício: escreva no motor de pesquisa da Google “Cameron Shoes” (Sapatos do Cameron) e “Theresa May Shoes”. No primeiro caso, aparece-lhe uma fundação que tem o nome do primeiro-ministro do Reino Unido, mas que nada tem a ver com ele nem com os seus sapatos. Dedica-se a recolher sapatos usados para distribuir aos mais desfavorecidos, apenas isso. No caso da sua sucessora, surge uma série de imagens de sapatos que correspondem, de facto, aos vários acessórios que May que usou em diversos eventos políticos. Será isto sexismo?

Os números mostram que os olhos estão postos na roupa e nos sapatos da mulher que vai suceder a David Cameron na liderança do partido Conservador, já conhecida por “Rainha do Gelo”. Segundo a CNN, e de acordo com dados da Google, na última semana houve um aumento de pesquisas pelos sapatos e pela roupa da nova primeira-ministra britânica. O próprio jornal The Sun puxou para capa uma fotografia dos pés da ministra… E dos seus sapatos com pele de leopardo. Mas há já quem considere este (tamanho) interesse sexista.

Por outro lado, há quem defenda que este interesse pelos sapatos de Theresa May pode trazer mais glamour e cor à política britânica. Um pouco como as malas de Margaret Thatcher, a última mulher a liderar o Reino Unido, entre 1979 e 1990, e a quem Theresa May é comparada.

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