É cada vez mais difícil inovar quando se tratam de telemóveis. Existem muitos modelos e todos acabam por fazer o mesmo, embora uns melhor do que outros. O novo Wiko Ufeel é mais um exemplo disso: no telemóvel, a marca francesa destaca o sensor de impressões digitais, anunciado com muita pompa e circunstância que suporta até cinco entradas diferentes.

Nós, que testámos este telemóvel de cinco polegadas, destacamos outras coisas. Como o preço: 199 euros, um valor relativamente baixo para um aparelho com três ranhuras para cartões (duas para cartões SIM e outra para micro-SD), conetividade 4G LTE, 3 GB de memória RAM e uma câmara principal de 13 megapixels com sensor da Sony. Resumindo, muitas funcionalidades a um preço bastante simpático.

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Vista geral do Wiko Ufeel. PATRICIA AMARAL/OBSERVADOR

Ainda assim, o Wiko Ufeel é um smartphone básico que corre o Android Marshmallow (v.6) com um interface próprio desenvolvido pela Wiko. Por isso, o menu principal surge organizado em lista de forma predefinida e o sistema inclui várias aplicações de terceiros — como o Clean Master, um aplicativo de otimização de performance. Felizmente, essas ferramentas são opcionais e é possível desinstalá-las se o utilizador assim o entender. Até porque este smartphone tem apenas 16 GB de armazenamento.

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São os detalhes que, realmente, acabam por diferenciar o novo modelo da Wiko. Robusto mas leve, tem um desenho bastante interessante. A marca aposta nas laterais e nos cantos arredondados, assim como numa textura diferente que cobre toda a parte traseira do aparelho. Também gostámos do toque áspero que contrasta com a suavidade das laterais do telemóvel.

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Quanto ao desempenho, o processador de quatro núcleos a 1,3 GHz, em conjunto com os 3 GB de RAM que referimos acima, são recursos mais do que suficientes para que o Wiko Ufeel seja eficaz na realização das tarefas básicas do dia a dia — isto é, consultar a internet, enviar mensagens, fazer chamadas e ouvir música ou ver vídeos.

Se não encontrámos problemas com o desempenho, não podemos dizer o mesmo sobre a tradução do sistema. Não foi só um. Achámos dois erros no mais recente flagship da francesa Wiko. O primeiro apareceu logo nas configurações iniciais: a dada altura, o aparelho perguntou-nos se queríamos “mostrar o contenido das notificações”. Depois, não se apagam nem eliminam imagens neste telemóvel: deletam-se. Sim, o idioma estava configurado para português de Portugal.

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Mas ao falar de imagens, temos de falar de câmaras. O Wiko Ufeel tem uma câmara para selfies com cinco megapixels e flash frontal, bem como uma câmara principal (traseira) de 13 megapixels com flash LED e sensor Sony IMX258, como indicámos mais acima. Tirámos uma fotografia com o Wiko Ufeel, para que possa avaliar você mesmo a qualidade da imagem — clique aqui para vê-la.

O Wiko Ufeel tem ainda um ecrã tátil de alta-definição (HD, 1280 por 720 píxeis), com cinco polegadas e tecnologia IPS — o que significa cores mais naturais. E terminemos com os pormenores: tem uma só coluna na parte de trás, uma entrada para auscultadores jack de 3.5 mm no topo e inclui sensores tais como acelerómetro, sensor de luz, Bluetooth, GPS e tem rádio FM, entre outros. Pode ser adquirido em três cores diferentes: cinzento, castanho e bege.

Existe outro telemóvel da gama Ufeel. Chama-se Ufeel Lite e é “uma espécie de irmão mais novo” do aparelho que aqui analisámos, diz a marca. A diferença está na memória RAM e no preço: tem menos 1 GB e custa menos 20 euros do que o irmão mais velho. Leva-nos a perguntar: porquê dois modelos assim tão próximos?