A organização de defesa do ambiente Greenpeace denunciou esta quarta-feira os danos causados por três projetos de exploração mineira numa floresta considerada Património da Humanidade, na província de Yunnan, no sudoeste da China.

A Greenpeace referiu que os três projetos estão a explorar recursos na região dos “Três rios paralelos de Yunnan”, considerada Património da Humanidade pela UNESCO, por se tratar de um dos sítios do mundo com mais biodiversidade.

Em comunicado, os ecologistas asseguram que a localização daquelas minas, no município de Shangri-La, no nordeste de Yunnan e próximo do Tibete, se trata de uma “violação direta” à regulação da UNESCO e dos compromissos assumidos pelas autoridades locais.

A Greenpeace advertiu ainda que, no total, 24 projetos mineiros estão a danificar zonas de Yunnan catalogadas como florestas intactas – largas extensões com pouca presença humana e onde vive uma grande variedade de espécies.

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“Sendo o país com o segundo maior número de sítios considerados como Património da Humanidade pela UNESCO, e com mais ainda pendentes, a China deve assegurar ao mundo que pode proteger de forma efetiva áreas de importância global”, afirmou o responsável da Greenpeace sobre oceanos e florestas da China, Rashid Kang.

Só Itália tem mais locais classificados como Património da Humanidade.

Segundo um estudo da Greenpeace, realizado através de visitas ao terreno e com recurso a imagens de satélite, 490.000 hectares de floresta intacta desapareceram na China, entre 2000 e 2013, a metade na região de Yunnan.

As explorações mineiras foram responsáveis por metade da desflorestação.