Majlinda Kelmendi. O nome, para nós, será esquisito de pronunciar, mas está carregado de história. Esta mulher de 25 anos deu a primeira medalha da história ao Kosovo, e logo uma de ouro. O feito apareceu sobre um tapete e de kimono vestido. Majlinda venceu a italiana Odette Giuffrida na final da categoria de -52 quilos e deu o, até agora, maior pedaço de história a estes Jogos Olímpicos. Na natação, começou-se a ver um pouco do fenómeno que é Katie Ledecky.

A norte-americana de 19 anos, em quem muita gente vê um equivalente feminino de Michael Phelps, venceu uma medalha de prata nos 400 metros estafetas e, nas eliminatórias dos 400 metros livres, estabeleceu um novo recorde olímpico. E só não quebrou a marca mundial por um triz porque, na última braçada que deu, admitiu ter sido “preguiçosa”. Isto vindo da mulher que já detém os cinco melhores tempos de sempre nos 400 metros livres femininos.

Ténis de Mesa

Já não há portuguesas de raquete na mão

Os deuses, os astros, os planetas ou todas as bolas que saltitam na mesa, como queiram. Estava tudo alinhado para que Fu Yu seguisse para a terceira ronda do torneio feminino de ténis de mesa. A luso-chinesa teve cinco match points para fechar o encontro frente a Nanthana Komwong, uma tailandesa que se bateu o pé e deu a volta a tudo (14, 11-8, 10-12, 8-11, 11-7, 10-12, 8-11). E assim Portugal ficou sem mesa-tenistas no torneio feminino, porque Shao Jieni já fora derrotada no sábado.

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Judo

Menos dois

O dia começou a sorrir para os kimonos portugueses. Dois dos seis judocas que Portugal tem nos jogos pisaram o tapete no domingo. Tanto Joana Ramos como Sergiu Oleinic vencerem os seus primeiros combates, confirmaram o que se esperava. Só que, à segunda, a judoca de 34 anos caiu perante Yingnan Ma, a chinesa que é campeã asiática, antes de o moldavo naturalizado português ser derrotado, no ponto dourado (uma espécie de morte súbita, após um empate nos cinco minutos do combate), por Wander Mateo, da República Dominicana.

Canoagem

José Carvalho continua a remar

Nada de águas calmas e tranquilas. Vários portugueses foram ao Rio de Janeiro para remar e José Carvalho foi o primeiro a fazê-lo. O único representante português na vertente de slalom, que é descer algo como um rio a rebentar de correntes e degraus, enquanto passa por certas portas, conseguiu um 11.º lugar nas eliminatórios e qualificou-se para as meias-finais.

Ténis

O João juntou-se ao Gastão

Primeiro foi Gastão Elias a bater bolas e a tornar-se o primeiro tenista a ganhar um encontro nos Jogos. No domingo foi a vez do melhor tenista português a vencer Robin Haase por 6-1 e 7-5. João Sousa passou à segunda ronda, o que é bom, mas há um lado mau nisto tudo: agora irá encontrar Novak Djokovic, o líder do ranking mundial, do outro lado da rede. Isto caso o sérvio vença o argentino Juan Martin del Potro.

Já na madrugada de segunda para terça-feira, os dois tenista portugueses juntaram-se do mesmo lado do court e, em pares, venceram Andrej Martin e Igor Zelenay, dupla eslovaca, por 6-4 e 6-2.

Futebol

Venham os quartos-de-final

Só lá para a meia-noite portuguesa é que se embrulhou o laço da certeza no pacote que Portugal confirmou contra as Honduras. A seleção de Rui Jorge até sofreu o golo mais madrugador de sempre na história portuguesa em Jogos (logo aos 34 segundos), mas Tobias Figueiredo e Gonçalo Paciência marcaram até ao intervalo. O resto foi um festival de remates e golos cantados e não marcados. A equipa fez seis pontos, que se tornaram, de vez, suficientes para Portugal garantir os quartos-de-final quando a Argentina também venceu a Argélia.

Ginástica Artística

O brilho de Filipa Martins não chegou

Filipa Martins entrou tarde em cena. Já passava da meia-noite em Portugal quando a ginasta de 20 anos começou a sua prova combinada. Registou um 13.433 no Solo, seguindo-se um 13.366 no Salto de Cavalo. A portuguesa ainda se queixou de um tornozelo, para o qual precisou de ser vista pela fisioterapeuta portuguesa, mas nada a impediu de obter um 13.666 nas Barras Assimétricas Paralelas. Filipa fechou tudo com um 13.833 na Trave, a sua melhor prova. O total de 54.298 foi o melhor resultado de sempre de uma ginasta portuguesa em Jogos Olímpicos, mas a 37.ª posição não foi suficiente para a ginasta se qualificar para a prova final.

Ténis de Mesa

Marcos Freitas já está nos 16 melhores

Houve logo um português a ser um dos 16 melhores mesa-tenistas. Marcos Freitas precisou de cinco sets para vencer Ovidiu Ionescu, um romeno que tornou o encontro bastante equilibrado (11-9, 1-11, 11-5, 11-7 e 11-9). O 11.º classificado do ranking mundial segue vivo nos Jogos.