Patrícia Mamona e Susana Costa conseguiram classificar-se para a final do Triplo Salto. Mamona obteve o 9º lugar na fase de classificação com a marca de 14,18 metros, enquanto Costa terminou em 11º com 14.12 metros. A colombiana Caterine Ibarguen liderou a fase de classificação com um salto de 14,52 metros. A final realiza-se esta segunda-feira, às 00h55.

Em entrevista à agência Lusa, Mamona disse estar “muito satisfeita” com o resultado obtido. “Não foi a qualificação direta, mas estou bastante contente, porque isto é história. Não tinha chegado a uma final olímpica por um ou dois centímetros e agora, aqui, duas raparigas portuguesas estão na final olímpica”.

A atleta do Sporting lembra que as duas já tinham feito história no Europeu, com o seu título e o quinto lugar da benfiquista, mas que, no Rio 2016, “a história ainda é maior”. “Sabia que a Susana era a última a saltar e podia qualificar-se. Tinha que dar. Quando saltou, vi logo que era um grande salto. Fiquei a rezar para que a marca fosse suficiente. Quando se confirmou, não consegui conter minha alegria e fui abraçá-la”.

Mamona iniciou a competição com um salto de 13,8 metros, após seguir uma estratégia mais conservadora no “ataque” à tábua anterior ao limite para o salto, quando saltou a 10 centímetros da marca, de modo a evitar “nulos”. “No primeiro salto, sim, foi estratégia. Não fazer nulos é bastante importante, para podermos focar-nos em saltar muito. Os nulos, às vezes, atrapalham um bocadinho”.

Em seguida, a atleta melhorou a sua marca para 14,08, o que lhe deu a sensação de que podia qualificar-se para a final. “Depois de saltar 13,80 metros, fiquei confiante que podia fazer mais de 14, pois não foi um salto difícil, embora me tenha sentido desequilibrada no próprio salto”, relatou. Por fim, terminou a prova com a sua melhor marca, 14,18 metros.

Para a final, Mamona acredita que bater o recorde nacional (14,58 metros) pode não ser suficiente para conseguir uma medalha. “Só espero que o meu melhor seja melhor do que o das outras. Se fizer uma marca má e um lugar bom, fico igualmente contente. Vou saltar para ganhar, como as outras”. No entanto, garante que “tudo pode acontecer”. “Tenho que ir buscar garra onde não há e agradecer o apoio dos portugueses e pedir que nos continuem a apoiar. Temos duas portuguesas na final e as expectativas são positivas”.

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