As negociações entre os sindicatos e a Unicer foram retomadas na terça-feira e prosseguiram esta quarta-feira, disse o dirigente sindical Francisco Figueiredo, que classificou as conversações como tendo registado “uma evolução favorável”.

Em declarações à Lusa depois de uma reunião que durou toda a tarde, Francisco Figueiredo, da Federação dos Sindicatos da Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal (Fesaht), afeta à CGTP, confirmou o retomar das negociações e adiantou estar marcada uma nova reunião para a próxima segunda-feira e um plenário para terça-feira.

“Sendo certo que há uma evolução favorável, não há ainda acordo entre as partes”, afirmou Francisco Figueiredo, que disse contar que na próxima segunda-feira estejam “em condições de pôr a proposta final à consideração dos trabalhadores”.

Contactada durante a tarde, fonte oficial da empresa de bebidas com sede em Leça do Balio, Matosinhos, confirmou as reuniões, sem adiantar mais informação.

Na segunda-feira, os trabalhadores da Unicer haviam decidido, em plenário, dar à empresa 48 horas para se sentar à mesa das negociações e discutir a reivindicação dos aumentos salariais para este ano.

Nesse dia, Tiago Oliveira, da parte da União de Sindicatos do Porto, recordou que há várias questões em cima da mesa, mas que “o que os trabalhadores exigem são aumentos salariais”, sublinhando que “uma empresa que em 2014 e 2015 distribuiu pelos seus acionistas 60 milhões de euros de lucros tem a obrigação de dar aumentos salariais aos trabalhadores”.

Os resultados líquidos da Unicer sofreram uma redução de 20,3% entre 2014 e 2015 para 26,3 milhões de euros, revelou a empresa esta semana, justificando a quebra com “o impacto dos custos de reestruturação”.

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