Os Jogos Paralímpicos Rio 2016 vão juntar 4 350 atletas, entre os quais muitos campeões empenhados em renovar títulos, mas sem os atletas da Rússia, excluída por doping, e Oscar Pistorius, um dos grandes rostos do desporto adaptado.

Depois de uns Jogos Olímpicos, o Brasil vai receber agora a maior competição mundial de desporto adaptada. Com um programa de 23 modalidades e que marca a estreia da paracanoagem e do paratriatlo, os Paralímpicos estão nesta edição “órfãos” do velocista sul-africano Oscar Pistorius — o primeiro atleta duplo amputado a competir em Jogos Paralímpicos e Olímpicos —, que está detido desde 2014 pelo homicídio da namorada.

Fora das competições, que decorrem entre 7 e 18 de setembro, ficarão também os representantes russos, depois de uma inédita decisão do Comité Paralímpico Internacional (IPC), que os excluiu devido a questões de doping.

O organismo que tutela o desporto paralímpico foi mais radical do que o seu homólogo do desporto olímpico, que autorizou a participação russa ao critério das federações de modalidade.

Em Londres, há quatro anos, a Rússia fez-se representar por 181 atletas e foi a segunda classificada no medalheiro, atrás da China, com 102 subidas ao pódio, para receber 36 medalhas de ouro, 38 de prata e 28 de bronze.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Ao longo de 11 dias de competição, vão ser disputadas 528 provas, que distribuirão 265 medalhas no setor masculino, 225 no setor feminino e 38 coletivas.

Portugal vai marcar presença entre os 171 países, com 37 atletas, a sua terceira maior representação de sempre, que vão disputar medalhas em sete modalidades. Entre estas, duas serão estreias absolutas para atletas paralímpicos portugueses: o judo e o tiro.

No Rio de Janeiro, vários atletas podem aumentar substancialmente o seu pecúlio paralímpico e reforçar o estatuto de campeões. Na natação, a espanhola Teresa Perales pode igualar em número de medalhas Michael Phelps, se conquistar medalhas nas seis provas em que vai participar. O norte-americano chegou aos Jogos Olímpicos Rio 2016 com 22 medalhas e saiu da “cidade maravilhosa” com 28.

À semelhança dos Olímpicos, os Jogos Paralímpicos contarão também com uma seleção de refugiados, formada pelo nadador sírio Ibrahim Al Hussein — que há três anos perdeu uma perna na sequência de um ataque com mísseis na Síria — e o lançador de disco iraniano Shahrad Nasajpour.

Os Jogos Paralímpicos contarão também com três atletas que há menos de três semanas competiram nos Jogos Olímpicos: a polaca Natalia Partyka e australiana Melissa Tapper, do ténis de mesa, e a iraniana Zahra Nemati, no tiro com arco.