No passado mês de Março, no Salão de Genebra, a Pininfarina deu a conhecer um protótipo de um carro de corridas, a que deu o nome de H2 Speed. Fortemente inspirado no protótipo Sigma Formula One, apresentado pelo estúdio italiano em 1969, e cujo objectivo era antecipar as soluções de segurança destinadas aos monolugares da disciplina máxima do automobilismo, o H2 Speed centra-se, por seu turno, no que poderá vir a ser a motorização do futuro, animado que é por dois motores eléctricos alimentados por fuel cells.
Até aqui, nada de novo. Só que, ao contrário do que por norma acontece nestes casos, o H2 Speed promete ser mais do que uma mera montra tecnológica destinada a demonstrar as capacidades do seu criador. Segundo o CEO da Pininfarina, Silvio Pietro Angori, citado pelo “Automotive News“, o veículo vai mesmo ser produzido, ainda que numa série limitada a somente 10 exemplares, destinados a outros tantos gentlemen drivers já identificados e eleitos – mais uma vez, nas palavras do responsável máximo do atelier transalpino, hoje propriedade do gigante industrial indiano Mahindra.
O projecto prevê que as 10 unidades produzidas estejam destinadas exclusivamente a uma utilização em circuito, tendo por base um chassi da classe LMP2 homologado pela FIA. O grupo motopropulsor será fornecido pelo GreenGT e promete ser em tudo semelhante ao utilizado no estudo revelado no certame helvético: dois motores eléctricos capazes de fornecer, pelo menos, 503 cv às rodas traseiras.
Um protótipo rolante da versão de produção do H2 Speed deverá estar pronto para iniciar os testes de desenvolvimento já no início de 2017, estando as primeiras entregas a clientes previstas para cerca de 12 a 18 meses mais tarde.
Cada exemplar do modelo custará cerca de 2,2 milhões de euros, garantindo Angori que tal verba será suficiente para que o projecto seja lucrativo para a Pininfarina.