São boas notícias. Perto de metade das 305 empresas portuguesas (49%) inquiridas pela Mercer pretende aumentar o seu efetivo de colaboradores este ano, de acordo com um estudo divulgado, esta quarta-feira, pela consultora.
O número de empresas que pretende aumentar o número de colaboradores quase duplicou face aos valores de 2015 (ano em que 26% das empresas responderam desta forma). Em 2017 estima-se em 46% o total das empresas que pretendem aumentar os seus quadros.
Da outra metade que sobra, 44% responderam que pretendem manter o número de colaboradores em 2016 e 7% admitiram que pretendem reduzir esse número. Em 2017, 52% das empresas inquiridas afirmou querer manter o número de colaboradores e 2% expressou vontade de reduzir os quadros.
Tiago Borges, responsável da área de Estudos de Mercado da Mercer, explicou que o PIB real em Portugal aumentou para os 1,5% em 2015 e que “em 2016 as estimativas apontam para uma expansão semelhante e para 2017 prevê-se uma continuação da tendência de crescimento, com previsões que apontam para 1,7%”, um valor que contribui para o aumento significativo da intenção de contratar novos colaboradores.
Segundo o estudo Total Compensation Portugal 2016, 88% das empresas que participaram no estudo realizam uma revisão salarial uma vez por ano. Cerca de dois terços das empresas (63%) optam por fazer essa revisão entre março e abril. Para estes aumentos salariais, os fatores que mais contribuem são os resultados individuais (79%) e os resultados da empresa (72%). Os fatores quem menos contribuem para esse incremento salarial são a antiguidade (5%) e o nível funcional (15%).
Apenas 5% das empresas a operar em Portugal optou por congelar os salários para toda a estrutura no ano de 2016, quando em 2015 esse valor era de 22%.
Existe uma expectativa de aumentos salariais para 2017 em todos os quadros das empresas, exceto para as Direções Gerais/Administração e para os Operários.
Este estudo avalia ainda a realidade dos recém-licenciados. Nas empresas analisadas o valor salarial anual (12 meses mais subsídios) dos recém-licenciados situa-se entre os 13.057 e 17.984 euros. Em 2015, o valor mínimo de referência para recém-licenciados era de 11.950 euros.
A Mercer ouviu 305 empresas, que empregam 160.232 trabalhadores. Da amostra analisada, 54% são multinacionais, 45% são empresas portuguesas do setor privado e 1% são empresas públicas. Mais de 80% das empresas representadas têm menos de 500 funcionários e 9% destas têm mais de 1.000 colaboradores. Quanto à faturação das empresas em causa, 62% fatura menos de 50 milhões de euros e 20% da amostra tem uma faturação de mais de 100 milhões ao ano.
A maior parte (88%) das empresas do estudo pertencem aos setores de Serviços Generalistas, Indústrias Diversificadas, Bens de Consumo, Hi-Tech/ Telecomunicações, Grande Distribuição e Serviços Financeiros.
Texto editado por Marlene Carriço