Michel Platini, que irá conhecer esta quarta-feira o seu sucessor na presidência da UEFA, manifestou-se de “consciência tranquila”, num discurso que abriu o Congresso Extraordinário eleitoral do organismo, em Atenas.
“Estou de consciência tranquila e absolutamente convicto de que não cometi qualquer falha. Vou continuar a lutar por todas as formas legais para provar a minha inocência”, disse o francês, suspenso por quatro anos de toda a atividade ligada ao futebol.
Platini, que teve de merecer a autorização da FIFA para discursar neste congresso eleitoral, presidia à UEFA desde 2007, mas apresentou a demissão do cargo a 09 de maio deste ano, depois de o Tribunal Arbitral do Desporto (TAS) ter decidido o seu afastamento por quatro anos.
O antigo capitão da seleção francesa tinha sido inicialmente suspenso por oito anos, na sequência da divulgação pública de um pagamento de dois milhões de francos suíços (cerca de 1,8 milhões de euros) que recebeu do então presidente da FIFA, com base num contrato oral firmado com Joseph Blatter, configurando um conflito de interesses.
“Vocês vão continuar esta bela missão sem mim. Gostaria de salientar que não guardo rancor a ninguém e aos que não me apoiaram. Toda a gente tem o direito às próprias convicções”, sublinhou Michel Platini.
Nas eleições na UEFA, e após a retirada do espanhol Ángel María Villar, na terça-feira, restam dois candidatos à sucessão Platini: Michael van Praag, presidente da Federação Holandesa, de 68 anos, e o seu homólogo da Federação Eslovena, Aleksander Ceferin, de 48, que tem o apoio da Federação Portuguesa de Futebol.
Na eleição de Atenas, cada uma das 55 federações dispõe de um voto.