Mais de um milhão de sudaneses do sul refugiarem-se em países vizinhos devido à violência no seu país, segundo um balanço elaborado esta semana pelo Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (ACNUR) que foi divulgado esta sexta-feira.
“O número de refugiados do Sudão do Sul que estão em países vizinhos ultrapassou a marca de um milhão esta semana, incluindo as 185.000 pessoas que fugiram do país desde o início da nova onda de violência em Juba, capital do país, a 08 de julho”, disse um porta-voz da ACNUR em Genebra.
O Sudão do Sul agora junta-se aos outros três países que tem mais de um milhão de refugiados, nomeadamente a Síria, o Afeganistão e a Somália, de acordo com o ACNUR.
Além disso, cerca de 1,61 milhões de sul-sudaneses saíram de suas casas para buscar refúgio em outras regiões do país.
O Sudão do Sul tem sido devastado por uma guerra civil desde dezembro de 2013 e uma nova onda de violência eclodiu em julho.
A maioria dos novos refugiados registados pelo ACNUR tem cruzado a fronteira para o Uganda. Também estão a refugiar-se na Etiópia, no Quénia, na República Democrática do Congo (RDC) e na República Centro-Africana.
O Sudão do Sul tornou-se independente em julho de 2011 depois da divisão do Sudão em dois países, após 25 anos de guerra civil.
Entretanto, o Sudão do Sul mergulhou novamente numa guerra civil em dezembro de 2013, um conflito que já causou dezenas de milhares de mortos e ficou marcado por atrocidades, incluindo massacres de caráter étnico.
Além disso, cerca de cinco milhões de sudaneses do sul, ou mais de um terço da população, está a passar por uma situação de insegurança alimentar “sem precedentes”, segundo a ONU.