Os resultados em Berlim das eleições regionais da cidade-estado e capital alemã mostraram hoje o desgaste que sofre a grande coligação da chanceler Angela Merkel, assim como o auge da direita radical, imparável a um ano das legislativas.

A União Democrata Cristã (sigla em alemão CDU) de Merkel sofreu um novo revés e caiu para os 17,7%, um mínimo histórico desde 1948, destacou o jornal conservador Frankfurter Allgemeine, mais de cinco pontos menos do que o resultado obtido em 2011 na capital.

O seu parceiro na grande coligação, o Partido Social-Democrata (sigla em alemão SPD) manteve-se como a primeira força na capital, mas conseguiu apenas 21,9%, seis pontos e meio menos do que em 2011, de acordo com resultados parciais divulgados às 19:00 (menos uma hora em Lisboa), três horas depois do encerramento das urnas, pela estação de televisão pública ARD.

Os resultados dos dois partidos juntos não são suficientes para repetir a aliança que governou até agora em Berlim.

A Esquerda chegou aos 15,6%, o que significa uma subida de quatro pontos, e os Verdes conseguiram 15,3%, uma queda de dois pontos.

O partido representante da direita radical, Alternativa para a Alemanha (sigla em alemão AfD) obteve 13,8% dos votos, ganhando assim lugares no parlamento regional.

As regionais de Berlim abrangem 2,5 milhões de eleitores.

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