O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) alertou que estima que até 100.000 pessoas poderão fugir da ofensiva contra a cidade iraquiana de Mossul.

O governo iraquiano anunciou na noite de domingo para hoje ter lançado a prevista operação militar para libertar Mossul do grupo extremista Estado Islâmico, prometendo restabelecer a estabilidade na segunda cidade mais importante do Iraque, nas mãos dos ‘jihadistas’ há mais de dois anos.

Perante a expectativa de que milhares de pessoas fugirão da ofensiva, o ACNUR prepara-se há meses para acolher os deslocados em 11 campos, alguns dos quais estão prontos, outros estão quase e outros ainda se encontram na fase de planificação, dado a ONU não dispor de terreno para os construir.

A ofensiva lançada hoje faz temer um desastre humanitário e o secretário-geral adjunto da ONU para os Assuntos Humanitários, Stephen O’Brien, declarou-se “extremamente preocupado” com os cerca de 1,5 milhões de pessoas que ainda vivem em Mossul.

“As famílias estão expostas ao risco extremo de serem apanhadas em fogo cruzado ou como alvo de atiradores furtivos”, alertou.

Temendo pelo destino de 500.000 crianças, a organização não-governamental Save the Children exortou os beligerantes a “abrirem corredores seguros” para que os civis possam fugir e não fiquem presos “sob as bombas, numa cidade cheia de minas e explosivos, com falta de alimentos e cuidados médicos”.

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