O Sporting fez queixa do Benfica à UEFA do chamado “caso dos vouchers”. A confirmação foi feita pelo diretor de comunicação do clube no Facebook, que adiantou que “após ter sido dado como provado que estas [‘ofertas’ a árbitros] existiam, e de ter sido assumido pelo próprio Benfica e pela FPF de que as ditas ‘ofertas’ se estendiam também às competições europeias, e por não sabermos se esta prática se mantém hoje em dia, entendemos fazer, também no tempo próprio, uma exposição à UEFA.”
No mesmo comunicado, Nuno Saraiva critica o facto de a comunicação social utilizar o “agressivo” termo de “guerra de clubes”, explicando que não é disso que se trata, mas apenas de “luta pela verdade, pela dignificação do futebol e dos agentes desportivos, pela verdadeira democracia por que tantos lutaram, pelo respeito pelas pessoas e por não querer que se mantenha o rumo do precipício para onde infelizmente o futebol português caminha”.
Na última terça-feira o Benfica repetiu o seu empenho no “cabal esclarecimento e célere decisão” deste caso (conhecido como “caso dos vouchers”), que foi iniciado por denúncias e acusações proferidas há mais de um ano pelo atual presidente do Sporting.
Num programa televisivo, entre outras acusações, Bruno de Carvalho referiu que o Benfica fazia ofertas de cortesia a equipas de arbitragem em todos os jogos que poderiam atingir um valor global por época a rondar os 250 mil euros.
Entretanto, a Procuradoria-Geral da República (PGR) remeteu para o Ministério Público competente uma participação da FPF sobre as declarações do presidente do Sporting sobre aliciamentos a árbitros.
A 27 de janeiro deste ano, no âmbito da justiça desportiva, a Comissão de Instrução e Inquéritos da Liga Portuguesa de Futebol Profissional anunciou o arquivamento do processo decorrente das afirmações do presidente do Sporting sobre as ofertas do Benfica a árbitros.