O candidato republicano à Casa Branca, Donald Trump, sugeriu, sexta-feira, que a reabertura da investigação do FBI aos e-mails de Hillary Clinton, a 11 dias das eleições, só pode ser justificada por um “crime atroz” da democrata.

“O FBI nunca teria reaberto este caso neste momento a não ser que se trate de um crime da maior atrocidade”, disse Trump, num evento de campanha em Cedar Parks (Iowa), enquanto os seus apoiantes gritavam “Mete-a na Prisão!”.

O mangata nova-iorquino agradeceu ao FBI pela “coragem” de “corrigir o terrível erro” que, na sua opinião, foi cometido em julho quando foi encerrada a investigação ao uso de um servidor de correio eletrónico privado pela então secretária de Estado, sem acusação.

O republicano também criticou que Clinton, na sua breve reação à notícia, “tenha tratado de politizar a investigação ao atacar e acusar falsamente o diretor do FBI”.

A candidata democrata insinuou — sem chegar a acusar — que a reabertura do caso é uma manobra do diretor do FBI, James Comey, em conluio com os seus colegas republicanos.

O FBI analisa o possível uso inapropriado de informação classificada por Clinton quando era secretária de Estado (2009-2013).

De acordo com a imprensa local, que cita fontes oficiais não identificadas, novos documentos surgiram durante uma investigação ao polémico congressista democrata Anthony Weiner, marido de Huma Abedin, assessora de Clinton na campanha.

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O FBI encontrou os documentos quando investigava o envio de mensagens de texto sexualmente explícitas de Weiner a uma menor.

Em julho, Clinton foi sujeita a interrogatórios por mais de três horas na sede do FBI sobre este assunto e, dias mais tarde, o Departamento de Justiça decidiu encerrar o caso por recomendação do gabinete de investigação.

Hillary Clinton instou o FBI que a divulgar o conteúdo dos novos documentos e mostrou-se confiante que “seja o que for” não modificará a decisão da agência de não apresentar acusações contra si.