O PSD/Lisboa vai promover uma corrida entre um burro e um Ferrari em Lisboa, num percurso que vai desde a Alameda da Universidade até ao Saldanha. A ideia desta disputa — que se vai realizar a 4 de novembro, às 08h45 — é mostrar como as obras do executivo de Fernando Medina estão a tornar o trânsito da capital num caos, utilizando a mesma estratégia de António Costa quando concorreu à câmara municipal de Loures em 1993.
Em comunicado, o PSD/Lisboa assume que se inspirou no atual primeiro-ministro, considerando esta a “2.ª edição da corrida entre um burro e um Ferrari” e destacando que “a primeira corrida entre um burro e um Ferrari remonta a 1993 e foi organizada por António Costa, no contexto da candidatura do agora primeiro-ministro à Câmara Municipal de Loures”. Os sociais-democratas lembram, com ironia, que o próprio António Costa definiu este momento como “uma das mais enriquecedoras experiências políticas” que viveu.
O PSD destaca ainda que como atualmente “mais do que nunca, os lisboetas veem ser diariamente posta à prova a sua mobilidade, senão mesmo a sua capacidade para saltarem obstáculos” a concelhia de Lisboa do partido “entende que é chegado o momento de regressar às origens e homenagear o “costismo” e os seus seguidores com a 2.ª Corrida entre um burro e um Ferrari.”
Em 1993, António Costa promoveu um duelo, em plena Calçada de Carriche, entre um Ferrari e um burro, com o objetivo de demonstrar a urgência da extensão do metro a Odivelas. O burro ganhou a corrida, mas Costa não ganhou a câmara, ao contrário do que chegaram a ser as previsões antes do escrutínio. Costa roubou a maioria absoluta à CDU, mas não conseguiu impedir a vitória do comunista Demétrio Alves.
A estrutura do PSD na capital questiona no comunicado: “Quem vencerá?” O PSD diz ainda esperar que “o caos provocado pelas obras de fachada que infernizam o trânsito no centro da capital deixe avançar os dois contendores para uma competição que se quer justa”.
Quanto ao “traçado escolhido para a prova”, os sociais-democratas explicam que este “privilegia o eixo central da cidade, embora as obras estejam por toda a capital, em simultâneo, com reflexos diretos no trânsito que nunca esteve tão mal.”