Nesta peça de William Shakespeare, dois atores trazem para a cena o príncipe da Dinamarca e a sua sombra, um miscigenado de homem e mulher que carregam em ombros a sua extrema incerteza sobre a vida humana, a humanidade, segundo uma nota da companhia de João Garcia Miguel.
Para o diretor da companhia, “Hamlet representa o príncipe negro que não se liberta das suas pulsões mais violentas, personificando a destruição e a barbárie: a tensão entre o consciente e o inconsciente humano, debatendo-se com o abismo e a incerteza que constituem a evolução das suas próprias ficções”. “Hamlet é um obcecado que dá cabo desta coisa toda”, afirma.
A peça tem encenação, tradução e desenho de luz de João Garcia Miguel, e é interpretada por Sara Ribeiro, Frederico Barata, Rita Barbita, Pedro J.Ribeiro e António Pedro Lima.
Com cenografia de João Garcia Miguel e figurinos de Ana Luena, ‘Hamlet talvez’ estreia esta quarta-feira volta a subir ao palco do Teatro Ibérico, na quinta e na sexta-feira.