“Estou pronto para morrer”. À medida que vão sendo conhecidos alguns detalhes sobre a morte de Leonard Cohen, estas palavras do compositor e poeta canadiano, confessadas em outubro, numa entrevista à revista The New Yorker, assumem um carácter cada vez mais profético. O seu último álbum, You Want It Darker, era o adeus antecipado: a lenda estava finalmente pronta para enfrentar tranquilamente o destino.
A revelação agora feita feita pelo seu manager de longa data vem reforçar o mito de Cohen. De acordo com Robert B. Kory, o músico de 82 anos morreu na noite de 7 de Novembro, “durante o sono”, depois de ter sofrido uma queda em casa. A morte “foi repentina, inesperada e pacífica”.
A notícia da morte de Leonard Cohen seria avançada apenas três dias depois, a 11 de novembro, através de uma publicação no Facebook. Inicialmente, as causas da morte não foram reveladas. Sabia-se apenas que o artista lutava contra um cancro.
O “irmão Cohen”, como o retratou aqui Bruno Vieira Amaral, foi sepultado em Montreal, junto aos seus pais e antepassados, numa cerimónia discreta, cumprindo, assim, o desejo do poeta.