Inês Pedrosa foi, esta quinta-feira, acusada pelo Ministério Público (MP) pela prática de crimes de abuso de poder quando dirigia a Casa Fernando Pessoa, em 2012 e 2013, avança o Público. Em causa está a adjudicação de serviços em benefício da empresa Above Bellow.

Existem mais dois arguidos: a diretora executiva da altura, Carmo Mota, e o dono da Above Bellow, Gilson Lopes. Numa nota publicada no site da Procuradoria Distrital de Lisboa, lê-se que as arguidas, ao adjudicarem serviços artísticos em prol da referida empresa, “agiram com desrespeito pelos princípios de probidade impostos pelo Plano de Prevenção de Riscos de Gestão incluindo os de Corrupção e Infrações Conexas com conhecimento do arguido cujos serviços foram indevidamente contratados”.

Já Gilson Lopes foi constituído arguido por aceitar “tal incumbência, com conhecimento que tomavam decisões num quadro de conflito de interesses, em benefício indevido de tal empresa e indiretamente de outras pessoas, uma vez que o arguido mantinha relações de união de facto com uma das decisoras”. Em 2014, o Público noticiou as práticas de alegado crime de abuso de poder e alertou que a Above Bellow tinha escritório na residência de Inês Pedrosa. A contratação da empresa era feita sem consulta a outros fornecedores.

Inês Pedrosa reagiu em declarações à Lusa:

É um absurdo, uma aberração, uma vergonha e de que me defenderei em devido tempo em tribunal”, confirmando ter sido notificada da acusação do Ministério Público.

O Ministério Público concluiu que as adjudicações correspondem aos seguintes valores: 2.988,30 euros em dezembro de 2012, 639,60 euros em agosto de 2013 e 5.936,47 euros em outubro de 2013. Inês Pedrosa foi diretora executiva da instituição durante seis anos, até se demitir em abril de 2014.

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