Revolucionar o futebol. Foi isto que o atual diretor de desenvolvimento técnico da FIFA, Marco Van Basten, propôs em entrevista ao jornal alemão Bild. Para o ex-craque da seleção holandesa, há oito medidas que podem reinventar o futebol. Porque é que ainda há foras-de-jogo? E cartões amarelos? E se fossem oito jogadores em vez de 11?

“Tenho muita curiosidade sobre como funcionaria o futebol sem foras de jogo. Para mim, é claro que muita gente vai estar contra esta medida, mas estaria a favor, porque cada vez mais o futebol se parece com o andebol”, disse Van Basten, citado pelo ABC.

Já sobre os cartões amarelos, o holandês sugere que sejam substituídos por uma penalização de tempo, com o jogador fora do jogo durante cinco ou dez minutos, por exemplo. Para os últimos 10 minutos de jogo, Van Basten sugere que se pare o tempo, ou seja, que a cronometragem pare sempre que há uma falta ou que a bola saia dos limites do relvado. Objetivo: evitar “as continuas perdas de tempo desses últimos minutos”.

Outra das alterações sugeridas pelo holandês é que haja um número máximo de faltas por jogador para evitar abusos. Assim, após cinco faltas, o jogador seria expulso do jogo, como já acontece no basquetebol, por exemplo. E quanto às queixas aos árbitros, Van Basten também propõe mudanças tendo como ponto de partida o que já se faz no râguebi. Sugere que só o capitão possa dirigir-se ao árbitro.

Quanto ao número de jogos do campeonato, o responsável da FIFA sugere que os jogos oficiais passem de 80 para 50. “Isto melhoraria o talento dos futebolistas e a qualidade dos jogos”, disse, sugerindo também que as equipas sejam formadas por oito jogadores em vez dos atuais onze. “Quer para os jovens quer para aqueles que têm mais de 45 anos, seria perfeito ter oito jogadores contra oito num espaço mais pequeno“, disse.

E em vez de desempatar jogos com penáltis, Marco Van Basten sugere que se siga o exemplo do “Shoot out” do campeonato norte-americano MLS, no qual o jogador pode recuar até 25 metros e tem oito segundo para atirar à baliza. “Pode-se driblar, disparar, esperar a reação do guarda-redes… Assemelha-se mais a uma situação de jogo”, disse.

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