Era uma das teorias da conspiração mais famosas do mundo: a de que os filmes da Disney tinham mensagens escondidas e segredos, os “Easter eggs”, pistas para filmes mais antigos ou para fitas que ainda estão para vir. E tinha nome: “A Grande Teoria Unificadora dos Filmes Pixar”. Introduzida pelo jornalista Jon Negroni em 2013, através da publicação num blog, baseou-se sempre na ideia de que todas as produções da empresa de animação digital acontecem no mesmo universo, com “uma narrativa de trabalho que une todos os filmes da Pixar num cronograma coeso com um tema principal”. Agora, deixou de ser uma teoria: a própria empresa confirmou que isso acontece mesmo.
A Pixar publicou um vídeo chamado “Pixar Easter Eggs” na página oficial de Facebook dos filmes “Toy Story” onde mostra que, desde os tempos da animação “Uma Vida de Inseto” até ao recente “À Procura de Dory”, introduz de facto pistas ou pormenores que ligam todos os filmes. Essas pistas provam que “as animações da subsidiária da Disney se passam no mesmo universo e seguem uma mesma linha do tempo”. Mas que ligações são essas?
Os mais atentos, e também os mais criativos, podem reparar nesses pormenores. Quando Dory entra dentro de um aquário em “À Procura de Dory” e se depara com o rosto de crianças, uma dessas crianças é uma menina retratada no filme “Divertida Mente”. Nesse mesmo filme, o dinossauro que a menina observa num parque jurássico é um dos protagonistas do filme “A Viagem de Arlo”. Também nesse filme, uma das personagens dá rosto a um dos objetos que aparecem em “Monstros e Companhia”, de onde Sulley sai para aparecer desenhado numa das camas do castelo de “Brave Indomável”. Agora, lembra-se do tapete do filme da princesa ruiva? Os desenhos que o ornamentam aparecem em “Carros”, naquela parte em que os automóveis estão todos a ser limpos.
O vídeo prossegue ao longo de quase três minutos a provar que os filmes estão ligados uns aos outros. O próprio Relâmpago McQueen, protagonista principal de “Carros”, surge no último filme da saga “Toy Story”, dentro do infantário onde a cena principal se desenrola. O urso malvado dessa história aparece timidamente sentado ao lado da cama de uma menina em “Up! Altamente”, na parte em que a casa descola e ilumina a cidade com as cores dos balões. Nesse mesmo filme, a sombra daquele cão simpático que trabalha para o vilão persegue o rato em “Ratatui, de onde a mota do chef malvado sai para uma participação especial em “Wall-E”.
Os exemplos prosseguem sem parar: a Disney existe desde 1928 e a Pixar é sua subsidiária desde 1986. Há muitas histórias cruzadas. Todas bem explicadas no vídeo aqui em baixo.