As FARC garantiram estar a cumprir, com a Colômbia e com o mundo, o definido no acordo de paz, tendo quase todos os seus guerrilheiros nas chamadas zonas transitórias de normalização onde vão entregar as armas e desmobilizar. “Quase a terminar a chegada às zonas transitórias de normalização da totalidade dos nossos combatentes, podemos informar o país e o mundo que as FARC-EP honraram assim o seu compromisso firmado com o Governo Nacional”, afirmou o secretariado das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia em comunicado.
As FARC destacaram que a chegada dos rebeldes às zonas “significa um passo em frente rumo à normalização do país e ao início da preparação para o que deve ser o processo de reintegração dos combatentes na vida civil, no plano económico, político e social, em que se inclui a deposição das armas”. Neste sentido, as FARC reclamam do Governo reciprocidade, pedindo que cumpra os compromissos e manifestam a sua estranheza relativamente “às condições de atraso ou à inexistência total de obras de infraestrutura logística em todas as zonas do país”.
Segundo as FARC, há um denominador comum nas zonas, como a ausência de água potável, chuveiros, sanitas ou cozinhas e ainda o mau estado das vias. “A construção da paz tem na aplicação e no cumprimento dos acordos assinados pelas partes o seu pilar fundamental”, afirmou o secretariado das FARC.
O Governo colombiano reconheceu o atraso em algumas zonas, mas afirmou que as dificuldades serão superadas.
Segundo o acordado, os rebeldes das FARC devem reunir-se em 26 lugares da Colômbia para entregar as armas e desmobilizar.
O alto-comissário para a Paz, Sergio Jaramillo, indicou na segunda-feira que 5.784 guerrilheiros das FARC já deram entrada nas zonas transitórias de normalização de um universo total de 6.300 previstos.